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- Publicada em 05 de Março de 2021 às 18:29

Qual a melhor máscara para se proteger das variantes do coronavírus?

Nova fase da pandemia, com a circulação de variantes, traz preocupações sobre tipo de máscara

Nova fase da pandemia, com a circulação de variantes, traz preocupações sobre tipo de máscara


JUSTIN SULLIVAN/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP/JC
As máscaras continuam sendo uma preocupação dos brasileiros mesmo depois de um ano de pandemia do novo coronavírus. Com a atual crise no sistema de saúde e as informações de que as novas cepas do vírus que causa a Covid-19 são mais transmissíveis, a população está ainda mais preocupada com a proteção pessoal. Novos estudos indicam que as máscaras descartáveis N95/PFF2 são as mais recomendadas, mas isso não significa que as máscaras caseiras de tecido não são eficazes.
As máscaras continuam sendo uma preocupação dos brasileiros mesmo depois de um ano de pandemia do novo coronavírus. Com a atual crise no sistema de saúde e as informações de que as novas cepas do vírus que causa a Covid-19 são mais transmissíveis, a população está ainda mais preocupada com a proteção pessoal. Novos estudos indicam que as máscaras descartáveis N95/PFF2 são as mais recomendadas, mas isso não significa que as máscaras caseiras de tecido não são eficazes.
Segundo um estudo das universidades Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (Ufcspa), Federal de Pelotas (Ufpel) e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre, o uso de máscara reduz em 87% a chance de ser infectado pelo SARS-coV-2. Então está comprovado que a máscara, independentemente qual seja, continua sendo uma forma eficiente de proteção.
Mas para garantir essa proteção ou, até mesmo, potencializá-la, é preciso prestar atenção em alguns detalhes. A máscara descartável hospitalar do tipo N95, também conhecida como PFF2, é mais segura que os outros tipos. Estima-se que a proteção dela é de 94% a 95%. “Essa máscara tem uma camada eletrostática que vai atrair as partículas para ela, tem uma vedação boa e é certificada pelo Inmetro”, explica a antropóloga doutoranda em Saúde Coletiva Beatriz Klimeck, co-criadora do perfil Qual Máscara? no Instagram (@qualmascara), no qual ela divulga informações sobre o assunto para mais de 64 mil seguidores. 
Segundo ela, desde o início da pandemia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendava o uso dessa máscara para pessoas no grupo de risco. “As recomendações oficiais ainda pedem que deixemos essas máscaras para os profissionais da saúde e para o grupo de risco, mas ninguém prevê a falta desse equipamento no momento”, acrescenta. Os preços da máscara N95/PFF2 variam no mercado entre R$ 1,80 a R$ 10,00 cada, dependendo da marca. No perfil do Qual Máscara? e no site www.pffparatodos.com é possível encontrar mais informações sobre as marcas e onde estão sendo vendidas.
Ainda que seja descartável, a N95 também pode ser reutilizada. “Em um momento não pandêmico, a máscara deveria ser descartada após o uso. Mas hoje já temos um corpo de evidências muito grande de segurança na reutilização”, defende Beatriz. Ela explica que o recomendado é que, após usar a N95/PFF2, a pessoa deixe o acessório de proteção descansando em um lugar arejado e sem contato com o sol por, pelo menos, três dias. Não é necessário higienizar a máscara com álcool, água ou outro produto após o uso, porque isso pode estragá-la.
Apesar de toda essa preocupação, a máscara de tecido não deixou de ser eficaz. Segundo a OMS, a máscara deve ter três camadas de tecidos diferentes: a interna, de algodão; uma intermediária feita de material sintético, como o polipropileno; e a externa, de material hidrofóbico, como o poliéster. “E a máscara não é eterna. Não é recomendável usar uma máscara com mais de 30 lavagens”, complementa Beatriz.
A professora titular do departamento de genética da Ufrgs Maria Cátira Bortolini explica que a nova variante do vírus causador da Covid-19, a P1, também conhecida como variante de Manaus, é mais transmissível, mas que isso não significa que a máscara é ineficaz. É importante continuar usando a máscara e respeitando o distanciamento social, independentemente desses aspectos.
 “A P1 tem uma carga viral maior, então na mesma gotícula vai ter uma maior quantidade de vírus do que normalmente teria. Essa variante também tem uma mutação que aumenta a capacidade do vírus de se ligar ao receptor na superfície da célula humana, então a capacidade de infecção é maior”, explica. Com a carga viral maior e com mais facilidade de o vírus se replicar na célula humana, Maria acredita que justifica o interesse das pessoas em cuidar o tipo de máscara e aumentar a proteção. “Mas não existe perigo em usar máscara ou errar na escolha. Deixar de usar máscara é que é inefetivo”, declara.
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