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Catar 2022

- Publicada em 24 de Novembro de 2022 às 19:43

Protestos e futebol dividem holofotes na primeira rodada da Copa do Catar

Em Inglaterra x Irã, os ingleses se ajoelharam no gramado antes do apito inicial, em gesto de combate ao racismo

Em Inglaterra x Irã, os ingleses se ajoelharam no gramado antes do apito inicial, em gesto de combate ao racismo


ADRIAN DENNIS/AFP/JC
Folhapress
Com o encerramento da primeira rodada da fase de grupos, nesta quinta-feira, a Copa do Catar registrou como um de seus pontos altos os protestos de jogadores em campo. Eles dividiram os holofotes com as atuações destacadas da Espanha (7 a 0 na Costa Rica) e da França (4 a 1 na Austrália) e com uma das maiores zebras da história dos Mundiais, a derrota de virada da Argentina para a Arábia Saudita (2 a 1).
Com o encerramento da primeira rodada da fase de grupos, nesta quinta-feira, a Copa do Catar registrou como um de seus pontos altos os protestos de jogadores em campo. Eles dividiram os holofotes com as atuações destacadas da Espanha (7 a 0 na Costa Rica) e da França (4 a 1 na Austrália) e com uma das maiores zebras da história dos Mundiais, a derrota de virada da Argentina para a Arábia Saudita (2 a 1).
A manifestação de maior realce no Mundial vinda de uma seleção, e de uma importante, ocorreu na quarta-feira, quando, ao posar para foto antes do jogo contra o Japão, os alemães taparam a mão com a boca. Tratou-se de uma crítica à Fifa, que proibiu a capitães que usassem no Mundial catariano braçadeira com as cores do arco-íris, representativas da causa LGBTQIA+, e a inscrição "One Love" (um amor), em campanha para promover a inclusão e a diversidade.
O país-sede da Copa, um dos mais ricos do mundo (o quarto considerando o PIB per capita, segundo a revista Forbes), é conhecido pelo pouco apreço aos direitos humanos. No Catar, pessoas da comunidade LGBTQIA+ são discriminadas, e a homossexualidade é criminalizada; imigrantes de países pobres recebem salários baixos e trabalham em condições insalubres; e as mulheres têm restrições às liberdades individuais.
Sete atletas que capitaneiam suas equipes pretendiam se posicionar contra costumes e leis da monarquia absolutista ao utilizar a tarja no braço, entre eles o goleiro Manuel Neuer, da Alemanha, estrela do Bayern de Munique. Desistiram, já que o jogador que descumprisse a determinação da Fifa, que historicamente veta ações de teor político em suas competições, seria advertido pela arbitragem com um cartão amarelo - dois cartões dessa cor suspendem o atleta por uma partida.
Outras proibições da Fifa destinaram-se diretamente às seleções da Dinamarca e da Bélgica.
Os dinamarqueses queriam treinar no Catar com camisa contendo mensagens de defesa dos direitos humanos. Não puderam.
Com esse veto, e também ao das braçadeiras multicoloridas, a federação dinamarquesa avisou que não apoiará o presidente da Fifa, Gianni Infantino, na próxima eleição da entidade máxima do futebol.
No caso dos belgas, eles não poderão ir a campo com o uniforme número dois, majoritariamente branco, que traz na gola a inscrição "Love" (amor). A Bélgica jogou de vermelho na estreia (1 a 0 no Canadá).
Os outros momentos de manifestações de atletas que marcaram o início do torneio ocorreram na segunda-feira (21), o segundo dia, que começara um dia antes e que irá até o dia 18 de dezembro.
Em Inglaterra x Irã, os ingleses se ajoelharam no gramado antes do apito inicial, em gesto de combate ao racismo. Seu capitão, o centroavante Harry Kane, não pôde usar a braçadeira "One Love".
Os jogadores iranianos, por sua vez, negaram-se a cantar o hino do país, aparente demonstração de apoio a manifestantes no Irã -os atos foram desencadeados pela morte de Mahsa Amini, jovem de 22 anos, sob custódia da polícia moral.
Folhapress
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