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Tênis

- Publicada em 23 de Setembro de 2022 às 21:10

Roger Federer se despede do tênis abraçado a Rafael Nadal

Roger Federer encerrou a carreira vitoriosa ao lado do amigo e maior rival em quadra, Rafael Nadal

Roger Federer encerrou a carreira vitoriosa ao lado do amigo e maior rival em quadra, Rafael Nadal


GLYN KIRK/AFP/JC
Novak Djokovic completa o chamado "Big 3" e é parte do debate sobre quem é o melhor tenista da história. Mas foi com Rafael Nadal que Roger Federer construiu a grande -e mais amistosa- rivalidade de sua carreira.
Novak Djokovic completa o chamado "Big 3" e é parte do debate sobre quem é o melhor tenista da história. Mas foi com Rafael Nadal que Roger Federer construiu a grande -e mais amistosa- rivalidade de sua carreira.
Essa excepcional carreira chegou ao fim nesta sexta-feira (23), em Londres, de maneira apropriada. Aos 41 anos, o suíço disputou sua última partida como profissional ao lado do amigo na Rod Laver Cup.
O resultado do jogo no torneio amistoso - derrota por 2 sets a 1 para os norte-americanos Jack Sock e Frances Tiafoe, parciais de 6/4 e 6/7 (2) e 11/9 - foi detalhe em uma noite de celebração do craque da Basileia na The O2 Arena. Que aplaudiu até os erros daquele que liderou o ranking mundial por 310 semanas.
O duelo se realizou em um ambiente que misturava descontração e comoção, embora tenha sido levado com seriedade e apresentado bom nível. Houve equilíbrio no primeiro set até o décimo game, no qual o saque de Tiafoe foi quebrado. Na segunda parcial, os europeus saíram atrás, buscaram a igualdade e perderam o "tiebreak".
O jogo, então, foi decidido no "match tie-break", um game de ao menos dez pontos. A disputa foi novamente equilibrada, com um breve momento de vaias, quando o homem da noite levou uma bolada de Tiafoe. Houve um "match point" no saque de Roger, mas os norte-americanos buscaram a virada. Tranquilo até ali, o ex-número um do finalmente chorou. Nadal, também.
Ao fim do confronto, Federer estava abraçado àquele que chama de "amigo verdadeiro". Um amigo que chegou ao circuito como um furacão, com seu devastador "forehand", e tirou o suíço de seu confortável trono. Eles disputaram por anos o posto de maior nome masculino da modalidade, até que Djokovic surgisse e se juntasse à briga.
A rivalidade teve seu primeiro capítulo em 2004, quando o então adolescente Nadal, aos 17 anos, derrubou Federer, de 23, em Miami. As batalhas se repetiram por quase duas décadas, ao longo das quais o espanhol conseguiu um feito notável: levou vantagem sobre o suíço no confronto direto.
Foram 24 vitórias de Rafael e 16 derrotas. Em torneios da série Grand Slam, o tenista de Maiorca também leva vantagem, 10 a 4. No último encontro, porém, Roger triunfou, em 2019, nas semifinais do Torneio de Wimbledon.
De lá para cá, Federer passou a sofrer com seguidos problemas físicos, justamente o motivo pelo qual decidiu parar. "Conheço as capacidades e os limites do meu corpo, e sua mensagem para mim ultimamente tem sido clara. Eu tenho 41 anos. Joguei mais de 1.500 partidas em 24 anos", justificou, na carta em que anunciou sua aposentadoria.
Ele ainda reuniu forças para um último encontro em quadra com Nadal. Segundo Roger repetiu inúmeras vezes, o desafio apresentado pelo adversário que virou amigo elevou consideravelmente o nível de seu tênis.
Mas a noite de sexta-feira em Londres não foi sobre a disputa entre os craques. Foi uma celebração a Roger Federer, reverenciado de maneira apropriada ao fim de sua brilhante trajetória.
Folhapress
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