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Saúde

- Publicada em 06 de Janeiro de 2022 às 08:56

Vacina de crianças tem aval, com intervalo de 8 semanas entre doses

Previsão é de que 3,7 milhões de doses pediátricas da vacina da Pfizer cheguem ao País neste mês

Previsão é de que 3,7 milhões de doses pediátricas da vacina da Pfizer cheguem ao País neste mês


ANDRESSA PUFAL/JC
O Ministério da Saúde recuou e autorizou na quarta-feira (5) a aplicação da vacina contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos sem exigência de prescrição médica. O intervalo da aplicação das duas doses pediátricas será de oito semanas e a imunização começará ainda neste mês. No comunicado, a pasta não fixou data específica para o início da vacinação, que será por faixa etária, de forma decrescente, com prioridade para crianças com comorbidades ou deficiências permanentes.
O Ministério da Saúde recuou e autorizou na quarta-feira (5) a aplicação da vacina contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos sem exigência de prescrição médica. O intervalo da aplicação das duas doses pediátricas será de oito semanas e a imunização começará ainda neste mês. No comunicado, a pasta não fixou data específica para o início da vacinação, que será por faixa etária, de forma decrescente, com prioridade para crianças com comorbidades ou deficiências permanentes.
A previsão é de que 3,7 milhões de doses pediátricas da vacina da Pfizer cheguem ainda neste mês, e as demais unidades, até março. O governo estima em 20 milhões o número de crianças nessa faixa etária. "Não é o grupo que tem maior mortalidade, mas toda a vida é importante, principalmente das nossas crianças", disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante o anúncio, na sede do ministério. A vacinação infantil já havia recebido aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 16 de dezembro.
Intervalo
Rosana Leite de Melo, secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, afirmou que apesar de a bula recomendar o intervalo de três semanas, o ministério optou por oito semanas, assim como os adultos, para minimizar riscos. "Se a gente ampliar esse espaço de tempo, que for acima de 21 dias até oito semanas, dá uma maior proteção para não se ter esse efeito adverso", afirmou, citando a miocardite, uma a inflamação do músculo cardíaco, como um dos eventos adversos. Estudos, contudo, mostraram tratar-se de um efeito colateral bastante raro.
Cerca de 5 milhões de crianças nessa faixa etária já foram vacinadas só nos EUA. Houve apenas oito casos de miocardite (o efeito colateral mais citado pelo governo brasileiro).
Mesmo não exigindo a prescrição, o Ministério da Saúde orienta que os pais procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização. A assinatura de uma autorização dos pais só será exigida se o responsável não estiver presente na vacinação.
Resistência
A decisão do Ministério da Saúde de vacinar crianças ocorre em meio à resistência do presidente Jair Bolsonaro e de seus aliados à imunização dessa faixa etária. A não exigência de prescrição médica já era defendida pelos conselhos nacionais de secretários estaduais e municipais de Saúde, além da maioria dos que participaram de consulta pública aberta pela pasta. Na antevéspera do Natal, Queiroga havia afirmado que o governo vacinaria as crianças apenas mediante prescrição médica, o que levou a críticas de especialistas, pois não houve a mesma exigência para outras faixas etárias. A medida foi considerada na ocasião uma forma de dificultar a imunização. A pasta ainda o criou mecanismos que postergaram a decisão, como a consulta e a audiência pública.
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