Cotribá investe R$ 160 milhões em infraestrutura para produtores

Garantir a infraestrutura adequada para o produtor de grãos que precisa escoar a sua produção foi o grande desafio da Cotribá, cooperativa com mais de oito mil associados, com sede em Ibirubá, na região Noroeste do Estado. Com um aporte de R$ 160 milhões, a cooperativa fechará 2022 com capacidade de armazenagem de 12,5 milhões de sacas. A maior parte dos investimentos foi destinada à aquisição de quatro novas unidades de recebimento de grãos e ampliação de outras três já operadas pela Cotribá no Estado.

"Tínhamos uma defasagem na nossa capacidade de armazenagem. Este é um problema que não se restringe à Cotribá, é generalizado no Rio Grande do Sul. Por isso, era uma reivindicação dos nossos produtores e decidimos destinar a maior parte dos nossos investimentos deste ano nesta direção", explica o vice-presidente da Cotribá, Enio Nascimento.

A partir dos produtores de praticamente todas as regiões do Rio Grande do Sul, e alguns de Santa Catarina, a Cotribá recebe e armazena principalmente soja, trigo e milho. Produtos que, em sua maior parte, são destinados à exportação.

A maior fatia do investimento - R$ 96 milhões - foi para as compras de duas novas unidades de recebimento em Ibirubá e outras duas em Santana do Livramento. "Temos alguns produtores aqui da região de Ibirubá que foram produzir em Livramento. Esta melhoria na infraestrutura era um pedido deles. Eram espaços que, até então, eram alugados pela cooperativa", diz Nascimento.

Somente entre essas quatro unidades, houve ampliação de 15% da capacidade de armazenamento da cooperativa, mas acompanhada também do aumento da área de ação. Outra frente de investimentos garante 4% de aumento real nesta capacidade. Foram ampliadas as unidades de recebimento de Encruzilhada do Sul, Cachoeira do Sul e Pantano Grande.

Ainda neste ano, a Cotribá deu início à construção de sua fábrica de rações em Ibirubá. A obra, segundo o vice-presidente, está em fase inicial e em 2023 será o ano em que deverá receber maior aporte, em torno de R$ 100 milhões. As instalações produzirão ração para gado de corte e leiteiro.

Outros R$ 5 milhões foram investidos na compra de 68 caminhonetes que agora facilitam o trabalho do corpo técnico na Cotribá nas propriedades cooperadas. Justifica-se. Hoje a cooperativa atua em 26 municípios. "Nossa prioridade neste ano foi garantir infraestrutura e logística para todas nossas operações, sem descuidar também da origem da Cotribá. A cooperativa surgiu há 110 anos como uma bodega, e hoje, mantemos nossas unidades de negócios como pontos de garantia principalmente de produtos como ferramentas, peças e materiais de construção. Neste ano, ampliamos a linha de materiais nas nossas lojas", conta Enio Nascimento.

A Cotribá atua em 60 pontos de negócios no Rio Grande do Sul. Entre alguns dos postos de combustíveis, supermercados e nas unidades de Encruzilhada do Sul, Cachoeira do Sul e Pantano Grande, a energia elétrica já é garantida por placas fotovoltaicas, em um projeto de geração de energia limpa garantido com outros R$ 5 milhões de investimentos neste ano.

"Tenho certeza que é um projeto que vai agregar muito para a nossa operação no futuro. Nossa intenção é termos todas as unidades com energia solar, e até agora tem sido muito viável. A nossa primeira intenção era, claro, reduzir os custos com energia, em uma ideia de ter retorno deste investimento em torno de cinco anos", explica o vice-presidente.

Mas a ideia, que no começo do ano foi marcada pela assinatura de um convênio com o Banrisul, e também conta com operações de outros bancos, como o Sicredi, deve expandir. A proposta da Cotribá é estimular os seus produtores a também adotar a energia solar em suas terras.

Investimento: R$ 160 milhões

Empresa: Cotribá

Cidades: Ibirubá, Santana do Livramento, Encruzilhada do Sul, Pantano Grande e Cachoeira do Sul

Área: infraestrutura

Estágio: em execução