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Editorial

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- Publicada em 21 de Setembro de 2022 às 00:35

Novas incertezas econômicas da China preocupam o mundo

Roberto Brenol Andrade
A economia da China mostrou uma resiliência surpreendente em agosto, com crescimento maior do que o esperado na produção industrial e nas vendas no varejo. Por outro lado, uma queda cada vez maior do setor imobiliário prejudicou perspectivas e impactou o mercado de commodities metálicas.
A economia da China mostrou uma resiliência surpreendente em agosto, com crescimento maior do que o esperado na produção industrial e nas vendas no varejo. Por outro lado, uma queda cada vez maior do setor imobiliário prejudicou perspectivas e impactou o mercado de commodities metálicas.
Indicadores apontam que a segunda maior economia do mundo está ganhando força. A produção industrial cresceu 4,2% em agosto em relação ao mesmo mês do ano anterior, maior alta desde março. Isso superou um aumento de 3,8% esperado por analistas.
Já as vendas no varejo subiram 5,4% em relação ao ano anterior, maior alta em seis meses e superando as projeções de crescimento de 3,5%.
Os dados otimistas amenizam um pouco da melancolia que paira sobre a lenta recuperação do país asiático, obscurecida por dados comerciais fracos e crescimento lento do crédito.
Segundo Julian Evans-Pritchard, economista chinês da Capital Economics, não é esperado que a força se sustente em setembro. Ondas do coronavírus colocaram a China em quase pânico algumas semanas atrás, pois a doença ressurge, aqui e ali, com força, obrigando a quarentenas em algumas províncias.
A atividade econômica deve permanecer fraca nos próximos meses em meio à desaceleração imobiliária, à diminuição das exportações e às interrupções recorrentes da Covid.
A indústria automobilística chinesa foi um grande impulsor tanto da produção industrial quanto das vendas no varejo, com a produção de veículos guiados por novas fontes de energia crescendo 117%, auxiliada por incentivos governamentais para carros mais limpos. Piorando o quadro, em agosto, o investimento imobiliário na maior produtora de aço do mundo caiu no ritmo mais rápido desde dezembro de 2021.
Dados negativos acabaram por minar a confiança do mercado que havia sustentado o complexo ferroso da China nos últimos dias, com o apoio intensificado do governo ao setor imobiliário em dificuldades e esperanças de ações políticas adicionais para fortalecer a economia.
Para atenuar o quadro negativo, Pequim anunciou mais de 50 medidas de apoio econômico desde o final de maio e enfatizou que este trimestre foi um momento crítico para a mudança de política.
Por isso, analistas esperam que os impactos da Covid nas atividades comerciais na China mantenham investidores cautelosos. O que acontece no gigante asiático traz impactos ao mundo todo.
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