O Ibovespa acentuou perdas ao longo da tarde, com a piora observada nas ações de grandes bancos (Itaú PN -2,45%, Bradesco ON -3,24%, Santander Unit -3,35%, BB ON -1,75%), que no dia anterior haviam conferido equilíbrio ao índice, então em alta de 0,69% no fechamento. Da mesma forma, e com sinal trocado, Vale ON, o principal papel do Ibovespa, que ontem havia cedido 1,27%, hoje subiu 1,22%, em contraponto ao ajuste negativo no setor financeiro, o de maior ponderação no Ibovespa.
A tarde foi marcada também por pressão no câmbio, com dólar a R$ 5,9289 na máxima intradia, e acentuação de perdas nos índices de Nova York, embora menos do que o visto na B3: no fechamento, Dow Jones -0,31%, S&P 500 -0,38% e Nasdaq -0,60%. No fechamento de hoje, a R$ 5,9135, em alta de 1,81% na sessão, o dólar mostrava o maior nível nominal da história frente à moeda brasileira.
Na B3, o Ibovespa fechou na mínima do dia, em baixa de 1,73%, aos 127.668,61 pontos, em ajuste de 2.254 pontos em relação ao fechamento anterior, que o coloca agora não muito acima do patamar de encerramento de 21 de novembro, então aos 126,9 mil, que havia sido o mais baixo desde 6 de agosto. Foi também a maior perda diária para o índice da B3 desde 7 de junho, então também em baixa de 1,73% naquela sessão. O giro financeiro desta quarta-feira foi a R$ 26,7 bilhões. Na semana, o Ibovespa cai 1,13% e, no mês, cede 1,58% - no ano, recua 4,86%.
Na ponta perdedora na sessão, destaque para Magazine Luiza (-9,40%), LWSA (-9,13%) e Azzas (-7,21%). No lado oposto, além de Vale, apareceram Natura (+3,06%), Marfrig (+2,46%), Usiminas (+1,92%) e Bradespar (+1,39%). Entre as ações de maior peso, Petrobras fechou o dia em sinal único, com a ON em baixa de 0,33% e a PN, de 0,36%. Na máxima desta quarta-feira, o Ibovespa foi aos 130.282,83, saindo de abertura aos 129.922,69 pontos.
"Durante o pregão, houve rumores sobre Imposto de Renda ter isenção para os que ganham até R$ 5 mil por mês que desagradaram, no momento em que ainda se espera definição sobre o grau de ajuste fiscal", diz Pedro Caldeira, sócio da One Investimentos, destacando a reação negativa do mercado em outros ativos, especialmente o câmbio e a curva de juros doméstica. "O estresse na curva do DI acabou afetando, como de hábito, as empresas mais sensíveis ao ciclo doméstico, aos juros", acrescenta.
"O grande gatilho para um rali de final de ano na Bolsa tende a ser o que virá como ajuste de despesas do governo. E a fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta noite em rede nacional de TV, às 20h30, será muito importante para orientar a abertura do mercado amanhã", acrescenta Caldeira, referindo-se ao rumor sobre encaixe de última hora de uma "isenção" tributária a um pacote que seria de cortes de gastos - ou seja, o oposto.
"Espera-se um pacote de redução de gastos e está sendo veiculada a possibilidade de uma isenção de IR que, do ponto de vista do ajuste fiscal, é algo que dificulta, na medida em que é renúncia de receita. Abrir mão de receitas dificulta a visualização de um governo que consegue fazer o ajuste fiscal", reforça Paulo Luives, especialista da Valor Investimentos.
"A isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil é uma promessa de campanha do presidente da República que, se aprovada pelo Congresso, poderá passar a valer já em 2025. Se de fato acontecer, será uma vitória da ala política do governo, já que tudo indica que a equipe econômica era contra - afinal, se aprovada a medida, poderá custar R$ 40 bilhões por ano aos cofres públicos", diz Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos, enfatizando a razão de a resposta do mercado ao ruído que dominou a tarde ter sido "defensiva".
Assim, o rumor que se impôs aos negócios na etapa vespertina alterou a percepção que prevalecia pela manhã, na abertura da sessão, quando os preços dos ativos mostravam certa "lateralidade", observa Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos. "Há um desencontro ainda de informações sobre a divulgação dos cortes de gastos", diz.
Pela manhã, havia a percepção de que o anúncio do pacote poderia, inclusive, ficar para a semana que vem, em novo adiamento de decisão que era esperada para logo depois do segundo turno das eleições municipais, ocorrido no fim de outubro - o que já trazia um pouco de cautela para o início do dia, com o dólar então levemente para cima e a Bolsa um pouco para baixo, aponta Moliterno. Segundo ele, até que venha a definição sobre o pacote, a cautela deve prevalecer, considerando também que a liquidez tende a diminuir nos próximos dias com o feriado de Ação de Graças, amanhã, nos Estados Unidos.
A tarde foi marcada também por pressão no câmbio, com dólar a R$ 5,9289 na máxima intradia, e acentuação de perdas nos índices de Nova York, embora menos do que o visto na B3: no fechamento, Dow Jones -0,31%, S&P 500 -0,38% e Nasdaq -0,60%. No fechamento de hoje, a R$ 5,9135, em alta de 1,81% na sessão, o dólar mostrava o maior nível nominal da história frente à moeda brasileira.
Na B3, o Ibovespa fechou na mínima do dia, em baixa de 1,73%, aos 127.668,61 pontos, em ajuste de 2.254 pontos em relação ao fechamento anterior, que o coloca agora não muito acima do patamar de encerramento de 21 de novembro, então aos 126,9 mil, que havia sido o mais baixo desde 6 de agosto. Foi também a maior perda diária para o índice da B3 desde 7 de junho, então também em baixa de 1,73% naquela sessão. O giro financeiro desta quarta-feira foi a R$ 26,7 bilhões. Na semana, o Ibovespa cai 1,13% e, no mês, cede 1,58% - no ano, recua 4,86%.
Na ponta perdedora na sessão, destaque para Magazine Luiza (-9,40%), LWSA (-9,13%) e Azzas (-7,21%). No lado oposto, além de Vale, apareceram Natura (+3,06%), Marfrig (+2,46%), Usiminas (+1,92%) e Bradespar (+1,39%). Entre as ações de maior peso, Petrobras fechou o dia em sinal único, com a ON em baixa de 0,33% e a PN, de 0,36%. Na máxima desta quarta-feira, o Ibovespa foi aos 130.282,83, saindo de abertura aos 129.922,69 pontos.
"Durante o pregão, houve rumores sobre Imposto de Renda ter isenção para os que ganham até R$ 5 mil por mês que desagradaram, no momento em que ainda se espera definição sobre o grau de ajuste fiscal", diz Pedro Caldeira, sócio da One Investimentos, destacando a reação negativa do mercado em outros ativos, especialmente o câmbio e a curva de juros doméstica. "O estresse na curva do DI acabou afetando, como de hábito, as empresas mais sensíveis ao ciclo doméstico, aos juros", acrescenta.
"O grande gatilho para um rali de final de ano na Bolsa tende a ser o que virá como ajuste de despesas do governo. E a fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta noite em rede nacional de TV, às 20h30, será muito importante para orientar a abertura do mercado amanhã", acrescenta Caldeira, referindo-se ao rumor sobre encaixe de última hora de uma "isenção" tributária a um pacote que seria de cortes de gastos - ou seja, o oposto.
"Espera-se um pacote de redução de gastos e está sendo veiculada a possibilidade de uma isenção de IR que, do ponto de vista do ajuste fiscal, é algo que dificulta, na medida em que é renúncia de receita. Abrir mão de receitas dificulta a visualização de um governo que consegue fazer o ajuste fiscal", reforça Paulo Luives, especialista da Valor Investimentos.
"A isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil é uma promessa de campanha do presidente da República que, se aprovada pelo Congresso, poderá passar a valer já em 2025. Se de fato acontecer, será uma vitória da ala política do governo, já que tudo indica que a equipe econômica era contra - afinal, se aprovada a medida, poderá custar R$ 40 bilhões por ano aos cofres públicos", diz Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos, enfatizando a razão de a resposta do mercado ao ruído que dominou a tarde ter sido "defensiva".
Assim, o rumor que se impôs aos negócios na etapa vespertina alterou a percepção que prevalecia pela manhã, na abertura da sessão, quando os preços dos ativos mostravam certa "lateralidade", observa Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos. "Há um desencontro ainda de informações sobre a divulgação dos cortes de gastos", diz.
Pela manhã, havia a percepção de que o anúncio do pacote poderia, inclusive, ficar para a semana que vem, em novo adiamento de decisão que era esperada para logo depois do segundo turno das eleições municipais, ocorrido no fim de outubro - o que já trazia um pouco de cautela para o início do dia, com o dólar então levemente para cima e a Bolsa um pouco para baixo, aponta Moliterno. Segundo ele, até que venha a definição sobre o pacote, a cautela deve prevalecer, considerando também que a liquidez tende a diminuir nos próximos dias com o feriado de Ação de Graças, amanhã, nos Estados Unidos.