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Mercado Financeiro

- Publicada em 23 de Janeiro de 2023 às 19:21

Ibovespa cai 0,27%, com fala de Lula e peso do 'risco Americanas' em bancos

O Ibovespa tocou a mínima de 111.541,82 pontos, em queda de 0,45%

O Ibovespa tocou a mínima de 111.541,82 pontos, em queda de 0,45%


Nelson Almeida/AFP/JC
Agência Estado
O Ibovespa caiu 0,27% nesta segunda-feira (23), aos 111.737,28 pontos. As ações de bancos foram novamente o destaque negativo da sessão, penalizadas pela exposição ao rombo bilionário da Americanas. Embora o índice tenha sustentado ganhos ao longo do dia, embalado pelo aumento dos preços de petróleo, declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o papel do BNDES reforçaram para o mercado o temor com a política econômica do governo e levaram a Bolsa brasileira à segunda baixa seguida.
O Ibovespa caiu 0,27% nesta segunda-feira (23), aos 111.737,28 pontos. As ações de bancos foram novamente o destaque negativo da sessão, penalizadas pela exposição ao rombo bilionário da Americanas. Embora o índice tenha sustentado ganhos ao longo do dia, embalado pelo aumento dos preços de petróleo, declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o papel do BNDES reforçaram para o mercado o temor com a política econômica do governo e levaram a Bolsa brasileira à segunda baixa seguida.
Após encontro com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, Lula disse a empresários do país que o banco de fomento voltará a financiar projetos de engenharia para ajudar países vizinhos e empresas brasileiras que operam no exterior. A política foi adotada pelo banco de fomento nos governos petistas e é mal vista pela maior parte do mercado. Na esteira das declarações, o Ibovespa tocou a mínima de 111.541,82 pontos, em queda de 0,45%. Durante a manhã, chegou à máxima de 113.061,34 pontos (+0,91%).
"As falas de Lula sugerem uma intervenção estatal direta nas empresas, e isso deixa o mercado em polvorosa, porque volta o filme antigo da Petrobras, dos fundos de pensão, na cabeça do investidor", diz o economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni. "Esse fantasma continua assombrando a cabeça dos investidores, então o pessoal fica com um pé atrás, principalmente com as empresas que têm participação estatal."
Principal responsável pela baixa do Ibovespa, o setor financeiro caiu 2,04% hoje, pressionado pela exposição dos bancos ao rombo bilionário das Americanas e pela percepção de um aumento da concessão de crédito público via BNDES. Críticas feitas na semana passada pelo presidente à autonomia formal do Banco Central também incomodam. Os papéis do Bradesco PN (-4,23%) e Santander (-4,08%) representaram, respectivamente, a maior e a terceira maior baixa do índice.
Em contrapartida, o aumento dos preços de commodities continuou a favorecer os papéis de empresas ligadas ao cenário externo. Os contratos futuros do petróleo fecharam com sinais divergentes, em um pregão marcado pela volatilidade com o fechamento dos mercados na China, Coreia do Sul e Taiwan, devido ao feriado de Ano Novo Lunar. Mesmo assim, a subida de 0,64% do Brent para março amparou os ganhos da Petrobras (+2,31% ON, +1,59% PN), que ajudou a limitar as perdas do Ibovespa.
Além dos bancos citados, os papéis da Cosan (-4,14%), Minerva ON (-3,55%) e Hapvida (-3,42%) e ficaram entre as principais baixas do Ibovespa hoje. Na direção oposta, os destaques ficaram com Via (+8,37%) e Magazine Luiza (+5,76%) - beneficiados pela percepção de que podem herdar os clientes da Americanas -, além de Carrefour (+5,64%), Telefônica Brasil (+5,02%) e CNS Mineração (+3,81%).
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