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Comerciantes da Andradas fazem bolão e jogo do Brasil anima rua do centro
Na Andradas, comerciantes fizeram bolão para jogos do Brasil para gerar integração
ISABELLE RIEGER/JC
Bárbara Lima
Os passos acelerados dos garçons dentro do Refúgios Bar, no centro de Porto Alegre, as mãos erguidas num gesto de apreensão e os incontáveis "sustos de gol" coreografaram com o dia de hoje: sexta-feira (2), calor, Copa do Mundo, jogo do Brasil, emoção pela espera do gol e casa cheia, o que exigiu atenção dos funcionários para atender a todos. Apesar disso, eles encontravam em breves respiros um momento para espiar o que estava acontecendo dentro das quatro linhas e, claro, torcer junto.
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Os passos acelerados dos garçons dentro do Refúgios Bar, no centro de Porto Alegre, as mãos erguidas num gesto de apreensão e os incontáveis "sustos de gol" coreografaram com o dia de hoje: sexta-feira (2), calor, Copa do Mundo, jogo do Brasil, emoção pela espera do gol e casa cheia, o que exigiu atenção dos funcionários para atender a todos. Apesar disso, eles encontravam em breves respiros um momento para espiar o que estava acontecendo dentro das quatro linhas e, claro, torcer junto.
Na partida contra Camarões, que terminou com vitória para o time africano por 1 a 0, diversas pessoas, vestidas de verde, azul, amarelo e com adereços nacionais, se reuniram animadas na rua das Andradas para assistir ao jogo. Os transeuntes não encontraram dificuldades para encontrar um local com bebida gelada, mesa na calçada e algum aperitivo para desfrutar do momento, além de muita decoração e bandeirinhas penduradas na maioria dos espaços. Os comerciantes, empolgados pelo clima da Copa, também organizaram entre si um bolão para as partidas brasileiras.
No Refúgios, o cantor Felipe Trindade é parte da estratégia para manter o público animado e por mais tempo no estabelecimento. Uma hora antes dos jogos e uma hora depois, ele toca clássicos brasileiros para fazer a galera entrar em clima de Copa. "Toco muito Tim Maia, Seu Jorge, Jorge e Matheus. Várias brasilidades", disse. A proprietária do bar, Rosane Kemmer, afirma que a ideia era tocar apenas no primeiro jogo, mas que o sucesso nas redes sociais fez com que adotassem os shows em todos os jogos da seleção nacional. "Tem atraído e animado bastante", refletiu.
Na Tabacaria 38, o clima era de expectativa com o jogo do Brasil e com as vendas. Os chutes no placar eram bem altos: 2 a 1, apostou o médico Bernardo Camargo, 4 a 0, conjecturou o atendente Matheus Antonucci. Todos pintavam a vitória do Brasil. Somente a proprietária foi um pouco mais cautelosa, embora não esperasse uma derrota. "Acho que vai ser 2 a 2", contou. Ela foi a ganhadora, junto com outros 15 estabelecimentos, do último bolão contra a Suíça. "Ganhei uns R$ 40", falou.
Independentemente do resultado, a equipe estava era satisfeita com o resultado das vendas: "Aumenta muito nos dias de jogo. Nós também fazemos promoção de chope, só R$ 10", revelou Matheus, que estava com o cabelo pintado em verde com corações rosas no meio. Ele até afirmou que não tinha nada a ver com a Copa, mas é verdade que as tonalidades trouxeram um ar de festividade para o estabelecimento repleto de prateleiras com bebidas.
Se o cabelo de Matheus não era colorido por conta do Mundial, não é possível dizer o mesmo das cores que se sobressaíam na cabeça do vendedor e proprietário de brechó, Jefferson Viega, que apostou em um guarda-sol de cabeça com as cores da bandeira. "É para me proteger do sol e da chuva, está muito calor. Vendi vários aqui. Torço muito para o Brasil, vamos ganhar essa Copa", apostou. Em uma mesa mais à frente, um grupo de 7 jovens estava aproveitando o momento de sair mais cedo do trabalho para torcer pelo Brasil e comemorar o aniversário de uma delas. Poucos minutos depois de se acomodarem no bar, todas compraram os guarda-chuvas de cabeça. "Ele veio aqui e fez uma grande promoção, acabou que quase todas nós compramos", falou a jornalista Luara Rodrigues. As amigas contaram que nem são tanto de futebol, mas que a possibilidade de "fazer festa fora de época" é uma situação única.
No Grelhados Veneza, o proprietário Romulo Zanon Cuzzioli pediu para reportagem torcer para a sua aposta no bolão: "Só eu vou ganhar hoje. 5 a 1 para o Brasil", empolgou-se, mostrando o bolão feito manualmente em papel e idealizado por ele. "Nos jogos do Brasil, só participam os donos de bar aqui da Rua. Cada um doa uns R$ 10 e quem ganhar leva tudo, são quase 50 participantes", considerou. Para ele, essa é uma forma de gerar integração e de animar os comerciantes, que aproveitam o clima para melhorar o faturamento e proporcionar momentos especiais aos torcedores.