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vinhos

- Publicada em 23 de Setembro de 2022 às 14:33

Feira em Bento é oportunidade para fazer negócios e conhecer vinhos brasileiros e internacionais

Expositores comemoraram movimento no primeiro dia da feira Wine South America, em Bento Gonçalves

Expositores comemoraram movimento no primeiro dia da feira Wine South America, em Bento Gonçalves


LUIZA PRADO/JC
A 3ª Edição da Wine South América (WSA), no Fundaparque, em Bento Gonçalves, no interior do Estado, já é a maior realizada, com a participação de 360 marcas de vinhos nacionais e internacionais, o que representa um crescimento de 20% da feira em comparação ao último encontro presencial, em 2019. Durante os três dias de evento, os visitantes podem degustar dos produtos expostos nos pavilhões e estandes que se espalham pelos 10 mil metros de feira, além de participarem de workshops e conferências sobre os temas relacionados ao vinho e aos vinhedos. Já os expositores aproveitam para divulgar suas marcas e fazer networking. São esperados mais de cinco mil compradores e R$ 20 mi em negócios.
A 3ª Edição da Wine South América (WSA), no Fundaparque, em Bento Gonçalves, no interior do Estado, já é a maior realizada, com a participação de 360 marcas de vinhos nacionais e internacionais, o que representa um crescimento de 20% da feira em comparação ao último encontro presencial, em 2019. Durante os três dias de evento, os visitantes podem degustar dos produtos expostos nos pavilhões e estandes que se espalham pelos 10 mil metros de feira, além de participarem de workshops e conferências sobre os temas relacionados ao vinho e aos vinhedos. Já os expositores aproveitam para divulgar suas marcas e fazer networking. São esperados mais de cinco mil compradores e R$ 20 mi em negócios.
No primeiro dia de visitação, na quarta-feira (21), os portões abriram às 14h, e a romena Irina Chirilean, proprietária e chefe de cozinha do restaurante Mon Cheri Bistro Pomerode, que fica em Blumenau, Santa Catarina, estava com a taça na mão percorrendo os corredores em busca da harmonização perfeita para seus pratos brasileiros e internacionais, mas a taça estava vazia. "São três dias. Dá tempo para tomar bastante vinho! Hoje, estou fazendo apenas um reconhecimento do espaço, conhecendo as marcas", conta. Ela comenta sobre seu objetivo: "Para os meus pratos romenos, eu importo vinho de lá. Agora, quero encontrar os vinhos que vão combinar com os outros pratos. Quero que meus clientes tenham uma experiência gastronômica ainda melhor", relata. 
Marcos Milanez Milaneze, diretor da WSA, destacou, durante a abertura oficial, justamente o fato da feira ser um ambiente favorável para esse conhecimento do tipo que busca Irina. " A feira promove o enoturismo, oferecendo aos visitantes a possibilidade de conhecer o local de produção dos vinhos e espumantes, e assim vivenciar a emoção por trás de cada rótulo", detalha.
Aos que, assim como Irina, estão procurando encontrar vinhos tintos, brancos ou espumantes brasileiros e internacionais, de diferentes qualidades de uva, podem contar com uma diversidade de expositores que não ficam restritos apenas aos terroirs (terroir, palavra em francês que significa terra, nesse sentido é tudo que envolve a fabricação do vinho: tipo de solo, temperatura, clima e ação do homem) do Rio Grande do Sul, o maior produtor do Brasil, mas também aos produtores de outras regiões do país, como São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Paraná.
Representando essa diversidade, Fernando Rausis, expositor da marca de vinhos Franco Italiano, da cidade de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (PR), participa pela primeira vez do evento. "Somos pequenos produtores, mas temos uma boa variedade de vinhos, são 18 rótulos." Apesar de vender localmente, Fernando considera importante a participação na feira, pois estão "ao lado de grande vinícolas e podem trocar conhecimentos com produtores com mais experiência. Assim, podemos mostrar outros microclimas do país", reflete. 
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 A romena Irina Chirilean está buscando vinhos para harmonizar com os pratos brasileiros e estrangeiros de seu restaurante
De acordo com o médico e sommelier Leandro Baena, que apresentou uma masterclass sobre o assunto no primeiro dia de evento, essa pluralidade de terroirs é importante para que as pessoas conheçam outros sabores. "A mesma uva, colhida no inverno ou no verão, em diferentes lugares, pode produzir vinhos completamente diferentes. Muda o perfil de aroma, o corpo, o teor de álcool, muda porque depende do microclima, depende de como a uva se comporta naquela região específica. Se você pegar uma uva como Syrah, em três regiões do mesmo estado, você pode ter vinhos diferentes. Além de tudo entra a mão do homem, um pode passar o vinho num carvalho americano, outro num carvalho francês, outro pode passar em madeira brasileira, tem gente começando a usar jequitibá-rosa", explica.
Mesmo no Rio Grande do Sul, como explica o sommelier, os vinhos produzidos nas regiões da Campanha Gaúcha, por exemplo, são diferentes dos produzidos na Serra ou dos Campos de Cima. É por isso que, além de vinícolas já consagradas no RS, como Miolo e Aurora, a feira conta com pavilhões destinados a outros cantos do Estado, que começaram a investir no mercado dos vinhos nas últimas décadas. No estande de "vinhos da campanha gaúcha", está a bodega Sossego, de Uruguaiana. Com 7 rótulos disponíveis, incluindo um rótulo com o quadro do artista plástico 'Sequinho', exposto na Vineria da Sossego em Porto Alegre (Vineria 1976), e 16 mil litros por safra, o vinhedo é recente, plantado em 2004, com a primeira safra em 2011.
"Nossa localização permite um solo com ótima acidez, que é a característica principal dos nossos vinhos. As estações bem definidas e a alta incidência de luz solar proporcionam um produto bem equilibrado", explica o representante da marca Marcelo Alves. Apesar do pouco tempo de mercado, o vinho já é, segundo o representante comercial, bem conhecido em São Paulo. "Nosso serviço é o diferencial, temos que agradar o público paulista que é exigente", pondera.
 

Wine South America é espaço para troca de experiências internacionais

"Se trabalhamos juntos, estamos multiplicando o impacto dessas empresas no mundo dos vinhos", considera o Cônsul da Argentina

"Se trabalhamos juntos, estamos multiplicando o impacto dessas empresas no mundo dos vinhos", considera o Cônsul da Argentina


LUIZA PRADO/JC
No setor internacional da feira, o clima é de cooperação entre os países sul-americanos. Chile, Argentina e Uruguai colocam seus produtos à mostra. Para o Cônsul Argentino Jorge Perren, é uma alegria estar participando da Wine South America. "A Argentina foi um dos primeiros torcedores para a realização deste evento. É o maior evento da América do Sul. Quando o assunto é vinho, não podemos pensar em concorrência, porque, quando nos somamos, ganhamos todos. Se trabalhamos juntos, estamos multiplicando o impacto dessas empresas no mundo dos vinhos", considera.

No meio dos estantes argentinos, que estão com 12 representantes, está a bodega Amadeo Maraño, de Mendoza, produtora principalmente de vinho tipo Malbec. "Foi fundada [a vinícola] pelo meu avô em 1951. Estamos aqui para aumentar nossas vendas, buscando novos importadores. Vemos que existe interesse e potencial de crescimento do vinho argentino no Brasil", explica o produtor Pablo Maraño. Outro produtor, Marcelo Montoya, da região de Mendoza, destacou a produção da uva Bonarda. "Os jovens estão se interessando muito por essa qualidade", destaca. Os produtores conseguiram viajar para feira com o apoio da ProMendoza. "Nossa ideia é que o país tenha novos atores neste mercado. Mendoza tem 80% do que se produz de vinhos na Argentina, nós damos suporte para que pequenos produtores consigam vir", comenta Gaetano Prisco, coordenador comercial da ProMendoza.

Do Chile, a vinícola familiar Chocolan, localizada em Maipo Costeiro, na Região Metropolitana de Santiago, trouxe para a feira variedades plantadas nos 75 hectares de terra. "É uma região temperada, por isso as variedades brancas se dão muito bem no local. Também se dá muito bem Syrah e Cabernet", explica o gerente geral de operações Axel Vade. Ele conta ainda que é a primeira vez da marca na feira e que estão apoiando a importadora, a Casa Valduga. "Tem muita gente. Esse tipo de feira não tinha visto ainda na América Latina", percebe.

Empresas aproveitam WSA para trazer novidades ao público

Maison Forestier lançou seis novos rótulos na feira de vinhos

Maison Forestier lançou seis novos rótulos na feira de vinhos


LUIZA PRADO/JC
A Maison Forestier, empresa de origem francesa chegou ao Brasil na década de 1960, como Multinacional. Atualmente, ela é coordenada por uma família brasileira. Durante a feira WSA, a vinícola está lançando seis novos rótulos, após ficar um tempo fora do mercado para adaptações. "Estamos trazendo vinhos modernos, atualizados", conta o enólogo Christian Bernardi.

A novidade engloba três espumantes feitos a partir de método tradicional, o Champenoise: o Blanc de Blanc, de uvas brancas Chardonnay, versão Brut; o segundo, também Brut, mas com Chardonnay e Pinot Noir e com 36 meses de maturação; e o terceiro, Nature, também com maturação de 36 meses, mas com açúcar perto a 0%. Já os três novos vinhos ficam por conta do lançamento de vinho branco Chardonnay com barrica de seis meses e dos tintos Merlot com oito meses de barrica e um blende de Merlot com Cabernet Sauvignon com dose meses de barrica.

"Temos desde produtos mais jovens até os mais sofisticados. Escolhemos a feira para fazer o lançamento porque ela está se consolidando e é um espaço para confraternizar com os consumidores. É um bom momento para apresentarmos produtos novos", diz Chistian.

Confira a programação para esta sexta-feira (23):

14h - TOP 5 - Tendência de vinhos no Brasil para 2023
Mediação: Diego Bertolini

15h15 - Sotaques do Brasil! Vinhos e comidas típicas do Brasil
Mediação: Caroline Dani (ABS-RS) e Luan Damiano (SENAC)

16h30 - O vinho e suas cores - o papel dos polifenóis
Promoção: ABS-RS
Mediação: Caroline Dani

18h30 - Variedades BRS para elaboração de sucos
Produtos degustados: Sucos e blends elaborados com cultivares comerciais de BRS e seleções avançadas
Promoção: Embrapa Uva e Vinho
Mediação: Giuliano Pereira