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Relações Internacionais

- Publicada em 30 de Junho de 2022 às 19:12

Encontro de embaixadores defende inovação como motor do desenvolvimento

Embaixador do Estado de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, abriu painel sobre inovação

Embaixador do Estado de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, abriu painel sobre inovação


Andressa Pufal/JC
Representantes de Israel, Estados Unidos, China, Argentina, Uruguai, Paraguai e Alemanha se reuniram nesta quinta-feira (30) para o Encontro de Embaixadores. Promovido pela Federasul, o evento voltou a ocorrer após 16 anos, no Palácio do Comércio, em Porto Alegre, tendo como foco a troca de experiências e o debate de temas, como a inovação; as relações comerciais do Rio Grande do Sul com a China no novo cenário geopolítico; a situação econômica dos países vizinhos do Brasil e as perspectivas das relações comerciais com a União Europeia. O tema inovação como base para o desenvolvimento foi protagonizado pelo embaixador do Estado de Israel no Brasil, Daniel Zonshine. O diplomata contou sobre a experiência do estado israelense e alguns dos desafios enfrentados, como a crise hídrica que sofreu há alguns anos. “A escassez é um dos elementos motivadores para Israel na área de inovação”, afirmou ao relatar que foi gerada uma mobilização nacional para resolver o problema relacionado à água. Entre as principais ações implantadas no país, ele citou a construção de plantas de dessalinização e de tratamento de água para ser reutilizada, além da conscientização da sociedade. Além disso, ele ressaltou que Israel é hoje reconhecida como a nação das startups ou o Vale do Silício do Oriente Médio. “Investimos cerca de 5% do PIB em pesquisa e desenvolvimento, o que nos torna o país que mais investe nesse setor em porcentagem do PIB no mundo", declara Zonshine. Conforme o embaixador, atualmente, 1,4 mil startups são criadas em média por ano em Israel. Ele cita ainda que a cada dez mil israelenses 140 são engenheiros, contra 85 nos Estados Unidos e 65 no Japão. Por fim, Zonshine mencionou que o país criou um ecossistema de inovação que reúne diferentes frentes, como o setor público, a academia e uma legislação que joga a favor do segmento. Entre algumas das principais categorias de soluções oferecidas por Israel estão defesa e segurança, TI e telecomunicação, agricultura, cyber segurança e saúde. EUA destaca parceria econômica, comercial e ambiental com o RSO Cônsul-Geral dos Estados Unidos no Rio Grande do Sul, Shane Christensen aproveitou o seu discurso para reforçar a parceria do país norte-americano com o Brasil e com o Estado em um momento que o mundo enfrenta uma série de crises, como a invasão da Rússia à Ucrânia, o aquecimento global e a recuperação dos efeitos da pandemia. “Aqui no Rio Grande do Sul, os Estados Unidos são o segundo destino das exportações e o principal destino de bens de valor agregado, como autopeças, móveis de alta qualidade e produtos de madeira”, pontuou.O cônsul ainda celebrou o esforço que o governo do Estado vem apresentando para impulsionar tanto a inovação quanto a educação da região. "Tive o prazer de acompanhar o lançamento do Avançar Educação, em outubro do ano passado, quando o governo do RS anunciou um investimento de R$ 1,2 bilhões, entre obras, tecnologia, capacitação e programas para melhorar a aprendizagem", afirmou. Destacou ainda que o Consulado Geral dos Estados Unidos em Porto Alegre está motivado a cooperar para o fortalecimento econômico, comercial e ambiental do Estado, simbolizado na assinatura de um Memorando de Entendimento no ano passado com o então governador Eduardo Leite. Também citou alguns programas promovidos pelo consulado, como o Jovens Embaixadores, que completa 20 anos em 2022. Segundo ele, o projeto busca desenvolver o empreendedorismo social e o ativismo junto à jovens e adolescentes de baixa renda da rede pública de ensino. 
Representantes de Israel, Estados Unidos, China, Argentina, Uruguai, Paraguai e Alemanha se reuniram nesta quinta-feira (30) para o Encontro de Embaixadores. Promovido pela Federasul, o evento voltou a ocorrer após 16 anos, no Palácio do Comércio, em Porto Alegre, tendo como foco a troca de experiências e o debate de temas, como a inovação; as relações comerciais do Rio Grande do Sul com a China no novo cenário geopolítico; a situação econômica dos países vizinhos do Brasil e as perspectivas das relações comerciais com a União Europeia.

O tema inovação como base para o desenvolvimento foi protagonizado pelo embaixador do Estado de Israel no Brasil, Daniel Zonshine. O diplomata contou sobre a experiência do estado israelense e alguns dos desafios enfrentados, como a crise hídrica que sofreu há alguns anos. “A escassez é um dos elementos motivadores para Israel na área de inovação”, afirmou ao relatar que foi gerada uma mobilização nacional para resolver o problema relacionado à água. Entre as principais ações implantadas no país, ele citou a construção de plantas de dessalinização e de tratamento de água para ser reutilizada, além da conscientização da sociedade. 

Além disso, ele ressaltou que Israel é hoje reconhecida como a nação das startups ou o Vale do Silício do Oriente Médio. “Investimos cerca de 5% do PIB em pesquisa e desenvolvimento, o que nos torna o país que mais investe nesse setor em porcentagem do PIB no mundo", declara Zonshine. Conforme o embaixador, atualmente, 1,4 mil startups são criadas em média por ano em Israel. Ele cita ainda que a cada dez mil israelenses 140 são engenheiros, contra 85 nos Estados Unidos e 65 no Japão.

Por fim, Zonshine mencionou que o país criou um ecossistema de inovação que reúne diferentes frentes, como o setor público, a academia e uma legislação que joga a favor do segmento. Entre algumas das principais categorias de soluções oferecidas por Israel estão defesa e segurança, TI e telecomunicação, agricultura, cyber segurança e saúde.

EUA destaca parceria econômica, comercial e ambiental com o RS

O Cônsul-Geral dos Estados Unidos no Rio Grande do Sul, Shane Christensen aproveitou o seu discurso para reforçar a parceria do país norte-americano com o Brasil e com o Estado em um momento que o mundo enfrenta uma série de crises, como a invasão da Rússia à Ucrânia, o aquecimento global e a recuperação dos efeitos da pandemia. “Aqui no Rio Grande do Sul, os Estados Unidos são o segundo destino das exportações e o principal destino de bens de valor agregado, como autopeças, móveis de alta qualidade e produtos de madeira”, pontuou.

O cônsul ainda celebrou o esforço que o governo do Estado vem apresentando para impulsionar tanto a inovação quanto a educação da região. "Tive o prazer de acompanhar o lançamento do Avançar Educação, em outubro do ano passado, quando o governo do RS anunciou um investimento de R$ 1,2 bilhões, entre obras, tecnologia, capacitação e programas para melhorar a aprendizagem", afirmou.

Destacou ainda que o Consulado Geral dos Estados Unidos em Porto Alegre está motivado a cooperar para o fortalecimento econômico, comercial e ambiental do Estado, simbolizado na assinatura de um Memorando de Entendimento no ano passado com o então governador Eduardo Leite. Também citou alguns programas promovidos pelo consulado, como o Jovens Embaixadores, que completa 20 anos em 2022. Segundo ele, o projeto busca desenvolver o empreendedorismo social e o ativismo junto à jovens e adolescentes de baixa renda da rede pública de ensino. 
 

China sinaliza que importações devem crescer

Evento reuniu cerca de 250 participantes no Salão Nobre do Palácio do Comércio

Evento reuniu cerca de 250 participantes no Salão Nobre do Palácio do Comércio


Andressa Pufal/JC

“A China não fechará as portas das importações, só abrirá mais e de forma mais ampla”. Essa foi a garantia dada pela ministra-conselheira da embaixada da República Popular da China no Brasil, Shao Yingjun em sua manifestação, remota, desde Brasília.

Ao falar sobre as relações comerciais do Rio Grande do Sul com a China, a ministra afirmou que as relações econômicas e comerciais entre o Brasil e a China estão se desenvolvendo e terão um futuro promissor. Disse ainda que recentemente houve um incremento da importação chinesa de produtos agrícolas do Rio Grande do Sul. “A China está ampliando espaços para importações e esperamos que o Brasil e o Rio Grande do Sul acompanhem essa oportunidade de crescimento”, acrescentou. A ministra destacou ainda que, atualmente, cerca de 300 empresas chinesas investem no Brasil, totalizando um montante de US$ 80 bilhões.

Logo após a fala da representante da China, o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, destacou alguns dados sobre o setor de proteína animal. “Representamos o quarto produtor mundial com 4,7 milhões de carne suína produzidas no ano passado”, afirmou. Santini disse ainda que em 20 anos o setor de produção animal gerou US$ 145 bilhões em receita cambial e um universo equivalente a 4 milhões de empregos diretos e indiretos.

Segundo ele, o Brasil é o primeiro exportador mundial de frango, com 4,6 milhões de toneladas exportadas em 2021. Além disso, os produtores brasileiros estão em terceiro no ranking dos países que mais produzem frango no mundo, somando uma produção de 14,3 milhões de toneladas.Nas exportações de carne suína, por sua vez, o Brasil é o quarto país exportador com 1,1 milhão de toneladas em 2021.