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LOGÍSTICA

- Publicada em 23 de Junho de 2022 às 17:19

Potencial hidrográfico do Estado foi destaque em evento no Vale do Sinos

Hidrovia da Lagoa Mirim e Porto de Arroio do Sal são fundamentais para alavancar o desenvolvimento do RS

Hidrovia da Lagoa Mirim e Porto de Arroio do Sal são fundamentais para alavancar o desenvolvimento do RS


/REPRODUÇÃO/JC
O potencial hidrográfico da Região Sul do Brasil foi tema de evento realizado nesta quinta-feira (23), na Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACI) de Novo Hamburgo. Em formato híbrido, o encontro contou com palestra do presidente da empresa paulista DTA Engenharia, João Acácio Gomes de Oliveira Neto.
O potencial hidrográfico da Região Sul do Brasil foi tema de evento realizado nesta quinta-feira (23), na Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACI) de Novo Hamburgo. Em formato híbrido, o encontro contou com palestra do presidente da empresa paulista DTA Engenharia, João Acácio Gomes de Oliveira Neto.
Sob o tema “Como desenvolver o Rio Grande”, o engenheiro  destacou a importância do Porto de Arroio do Sal, cujo projeto e licenciamentos ambientais estão a cargo da empresa. A previsão é de que o complexo receba o seu primeiro navio entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024.
“O Rio Grande do Sul já foi o estado das hidrovias. Saíamos de Porto Alegre e podíamos ir de barco até Torres. Hoje está tudo assoreado e entupido, e isso merece uma reflexão para que possamos transformar o modal rodoviário, que ainda representa 88% da movimentação de cargas, em transporte hidroviário, ainda mais num estado com esse potencial", estacou Oliveira Neto, apontando as três maiores bacias hidrográficas gaúchas, do Rio Uruguai, do Lago Guaíba e da região do litoral.
O executivo falou ainda que a falta de mais terminais portuários no Estado prejudica o setor logístico e o desenvolvimento regional.  "Atualmente, a região Sul dispõe de apenas um porto, o de Rio Grande, enquanto Santa Catarina conta com seis: Laguna, Imbituba, Navegantes, Itajaí, São Francisco do Sul e Itapoá. São 15 milhões de toneladas perdidas por ano, isso sem contar as empresas que estão indo embora, pois a logística hoje é muito cara. Um caminhão com motor de 300 cavalos é capaz de levar um contêiner, ao mesmo tempo em que uma barcaça carrega 100 contêineres. São 100 vezes menos poluentes. Além disso, hidrovia não tem desmatamento, não mata gente na estrada etc.”, destacou o presidente da DTA.
O Porto de Arroio do Sal terá investimentos de R$ 6 bilhões, sendo R$ 1,3 bilhão em infraestrutura. O complexo terá capacidade de movimentação de 53 milhões de toneladas por ano, incluindo contêineres, graneis sólidos e líquidos, fertilizantes e um berço para navios de cruzeiros, possibilitando incremento no turismo regional. "Do total de capacidade, 30% já está com contrato assinado. Uma das empresas que fará parte do projeto é a Braskem", disse.
A importância da hidrovia da Lagoa Mirim, cujos estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental foram desenvolvidos pela DTA e entregues ao governo federal em abril, também foi abordada na reunião. "Passamos da época em que os investimentos no setor portuário eram prerrogativa do poder público, hoje podemos falar em investimento privado e, assim, garantir desenvolvimento econômico para o País", enfatizou Oliveira Neto.
 
A hidrovia, que ligará comercialmente o sul do Estado ao nordeste do Uruguai por via fluvial, prevê uma concessão de 30 anos à iniciativa privada e tem possibilidade de transportar uma carga anual de cerca de 5 milhões de toneladas entre as duas fronteiras. O projeto, primeiro voltado ao transporte hidroviário qualificado no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) federal, é visto como fundamental para impulsionar o desenvolvimento econômico regional, reduzir custos logísticos e fortalecer as relações binacionais.
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