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MÚSICA

- Publicada em 18 de Setembro de 2022 às 18:50

Rita Zart retorna aos palcos em show especial no Teatro de Arena

Com as canções do seu primeiro EP ressignificadas pela pandemia, Rita traz show especialmente preparado para o Teatro de Arena

Com as canções do seu primeiro EP ressignificadas pela pandemia, Rita traz show especialmente preparado para o Teatro de Arena


LUIZA PADILHA/DIVULGAÇÃO/JC
Leonardo Machado
É da ligação entre a carreira de diretora musical de cinema e a vontade de produzir uma obra autoral que nasceu O Que Range, primeiro EP de Rita Zart. Lançado em novembro de 2019, a artista realizou o show de lançamento do disco em março de 2020, em meio ao início da pandemia. Após mais de dois anos, a cantora e compositora retorna aos palcos, nesta quinta-feira (22), às 20h, para uma apresentação especialmente preparada para o Teatro de Arena (Av. Borges de Medeiros, 835), com banda completa e buscando um reviver do seu trabalho de estreia. Os ingressos estão disponíveis no Sympla, a partir de R$ 25,00.
É da ligação entre a carreira de diretora musical de cinema e a vontade de produzir uma obra autoral que nasceu O Que Range, primeiro EP de Rita Zart. Lançado em novembro de 2019, a artista realizou o show de lançamento do disco em março de 2020, em meio ao início da pandemia. Após mais de dois anos, a cantora e compositora retorna aos palcos, nesta quinta-feira (22), às 20h, para uma apresentação especialmente preparada para o Teatro de Arena (Av. Borges de Medeiros, 835), com banda completa e buscando um reviver do seu trabalho de estreia. Os ingressos estão disponíveis no Sympla, a partir de R$ 25,00.
A escolha do Teatro de Arena como palco para sua reestreia, e não uma casa de show tradicional, é devido à atmosfera que a cantora quer transmitir nas suas apresentações. O espaço pequeno e concentrado, onde o público se dispõe ao redor do artista e da banda, constrói um ambiente íntimo e afetivo. “Estou buscando um novo significado para as canções do EP, a partir de toda essa vivência que todos nós tivemos da pandemia. Então, é um show atualizado, no sentido de tudo que aconteceu com essas músicas e o que aconteceu comigo como artista nesse tempo que passou”, conta. Além disso, ela conta que, no teatro, o controle sobre figurino, cenografia e direção é mais concentrado no artista.
É inegável que O Que Range acumulou novos significados ao seu repertório no decorrer desses dois anos. Com boa parte das músicas escrita em 2018, o disco conversa muito bem com o momento da pandemia e as consequências desse período. Na canção Apatia, por exemplo, Rita canta sobre sair de um lugar de inércia e resistir a depressão, algo que foi bastante relatado durante o isolamento. Na perspectiva de alguém que observa a marcha passar através de uma janela, a música O Que Range fala sobre uma vontade de reagir a fatos que acontecem à nossa volta. “Essa vontade de abrir a janela e gritar durante a pandemia aconteceu muito forte, mesmo, e há sensações ali que a gente pode estar vivendo também agora, nesse período pré-eleição”, aponta.
Frustração é o sentimento que define o hiato que Rita viveu após a realização do seu primeiro show. Além de ter sido sua única apresentação independente e ter feito uma preparação intensa, o palco não é algo tão natural na sua vivência artística e a ideia era ir desenvolvendo uma conexão com esse ambiente, o que acabou sendo postergado. Dessa forma, durante a pandemia, ela precisou voltar a trabalhar em estúdio, onde possui uma carreira como diretora musical de cinema, já tendo produzido a trilha sonora de filmes importantes da cinematografia brasileira da última década, como Castanha, Beira-Mar, A Cidade dos Piratas, Raia 4, Legalidade, Tinta Bruta e 7 Prisioneiros.
Diferente do cinema, que representa coisas imageticamente, a música é mais sugestiva diante daquilo que pretende representar. Nessa linha, acostumada a dar som às imagens, nos clipes de Apatia e Linguagem, Rita inverte essa ordem ao permitir que deem cor, brilho e movimento às suas canções, “Não fui eu quem fez o roteiro dos meus clipes e eu gosto dessa colaboração, dessa co-criação, de ver o olhar de quem sabe pensar imagens a partir da minha música”, revela.
Rita Zart conta que vontade nunca faltou para realizar sua primeira obra autoral, mas medo e receio também sempre a acompanharam. A vivência de diretora musical, trabalhando com outros artistas e participando de outras obras, foi imprescindível para enfrentar esses obstáculos. Segundo ela, o cinema independente a encorajou muito a escrever as suas próprias histórias. “O meu projeto só teve força de se realizar por conta de um movimento de mulheres na música que eu sinto que é muito mais forte do que quando eu comecei a trabalhar em estúdio ou com produção musical, há quase 20 anos”, expõe a artista. Ela aponta o Projeto Concha, voltado a dar espaço a musicistas, cantoras e artistas brasileiras, fortalecendo a produção musical feminina, como um celeiro muito importante para ter conseguido lançar o primeiro EP.
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