Chegar aos compromissos na hora marcada é um requisito básico na vida profissional. A pontualidade faz parte, inclusive, das soft skills, aquelas habilidades que não são técnicas, e sim interpessoais, muito valorizadas pelas empresas. Por isso, o atraso, no mundo corporativo, além de um incômodo aos que esperam, é também um problema ético. São inúmeros os efeitos do desrespeito frequente aos horários marcados no ambiente empresarial, como prejuízo à imagem profissional, atritos na equipe e disseminação do comportamento entre os colaboradores.
Especialmente nas empresas que apostam nos jovens, é importante que o cumprimento de horários seja respeitado desde a linha de comando das companhias, já que estagiários e aprendizes, no início da sua vida profissional, são muito inspirados pelo comportamento de quem está nos cargos de liderança. Dar o exemplo é essencial para ajudar a formar o perfil ético do profissional em início de carreira.
Evitar atrasos é uma postura que deve ser seguida pelos líderes para não disseminar o comportamento entre os colaboradores.
Segundo o educador corporativo, escritor e palestrante Eduardo Zugaib, normalmente, quem marca reuniões são os líderes, e, caso o atraso seja costumeiro para eles, a produtividade que tanto defendem acaba saindo prejudicada. A postura do líder “acaba refletindo pesadamente no comportamento do grupo”, afirma o especialista.
Zugaib usou suas redes sociais para chamar atenção para a pontualidade após a repercussão do episódio em que cerca de 50 pessoas chegaram atrasadas para assistir a uma peça de teatro que tinha o ator Antonio Fagundes no elenco, no Rio de Janeiro, na semana passada. Houve confusão no local, e a polícia foi chamada para conter os exaltados barrados na entrada.
Depois do ocorrido, o ator comentou, em vídeo nas redes sociais, que a peça “Baixa Terapia” começa “rigorosamente no horário marcado, e não permitimos a entrada de ninguém após o início do espetáculo”. O motivo: evitar uma experiência desagradável aos que chegaram na hora e seriam atrapalhados pelos atrasados que procuram seus assentos. “Chegue meia horinha antes, com calma”, pediu o ator. A dica vale também para o mundo corporativo.