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Visão de Mercado

- Publicada em 12 de Outubro de 2022 às 21:02

A vida e a política

João Satt
Uma campanha política para um estrategista é como competir na Fórmula 1. Uma campanha vitoriosa é o estado da arte em termos de equilíbrio entre razão e emoção. Paixão, esperança, dor e raiva são ingredientes que convivem ao mesmo tempo, em um só momento. Tudo acontece muito rápido, ainda mais no segundo turno, quando cada ponto que se perde é celebrado pelos oponentes.
Uma campanha política para um estrategista é como competir na Fórmula 1. Uma campanha vitoriosa é o estado da arte em termos de equilíbrio entre razão e emoção. Paixão, esperança, dor e raiva são ingredientes que convivem ao mesmo tempo, em um só momento. Tudo acontece muito rápido, ainda mais no segundo turno, quando cada ponto que se perde é celebrado pelos oponentes.
Nunca se sai de uma campanha — vitoriosa ou não — com o mesmo que se entrou. Invariavelmente, se aprende muito em como conquistar e fidelizar pessoas. Campanhas políticas são o palco perfeito para aplicar estratégias de alta performance. Eu ousaria dizer que todos os estrategistas deveriam participar, no mínimo, de uma campanha na sua vida. Isso geraria profissionais mais completos e conectados com a realidade.
Nesse eterno ganha-perde-ganha-perde que resume a vida de todos nós, uma campanha tem significado de MBA. Quando tudo parece que terminou, surge um fato novo, e com ele uma virada inexplicável. Boas e más notícias duram pouco, a única certeza é que os fatos não vão parar de acontecer.
A lógica da política é indecifrável para quem não conhece a história dos políticos: suas crenças, ambições e compromissos. A vida pública, em muitos momentos, é extremamente cruel.
Vivemos o Brasil da pausa: da impaciente espera, recheada de tensão, ansiedade e de sonhos. Sentimentos antagônicos coabitam dentro de cada um de nós. Aos sobressaltos acompanhamos os novos desfechos diários de uma das maiores disputas da história desse país.
Os negócios andam de lado. As vendas, que vinham se mantendo promissoras em vários setores, começam a espelhar a insegurança da pausa. A classe média bota o pé no freio, e aguarda para ver onde tudo isso vai dar.
Há quem diga que 2023 vai bombar. Já outros, não são tão otimistas. Seja como for, teremos um novo cenário pela frente. A esperança é a luz que enxergamos no futuro. Os brasileiros estão emocionados, fazia muito tempo que não víamos tamanha brasilidade nos gestos e manifestações da população.
Na vida, como na política, tem que se ter lado. O Brasil tem lado, sim: direito e esquerdo. Não existe espaço para ser indiferente àquilo que é tudo na vida das pessoas. É esperado que os candidatos também se posicionem com clareza. A democracia é soberana. Representa a prova concreta de que podemos existir com nossas opiniões e preferências. Se a Covid serviu para criar uma gigantesca aceleração digital, estas eleições são um tsunami a nos provocar na busca da nossa identidade raiz.
No meio de tamanha comoção, fica a pergunta: afinal, quem é você? Por que você vota em A e não em B? Essa pergunta é para você. Seja você do voto "escancarado" ou "envergonhado", o que vale é o porquê você luta.
A eleição da verdade. Da esquerda e da direita. Isso é forte. Ser direto e reto exige coragem. Há quem diga que nosso futuro não será mais como imaginávamos que seria. Sempre existirá um momento, em que o novo se colocará para seguirmos em frente. Isso não é apenas na política, nem tampouco de uma eleição: é a lei da natureza. A lei da vida.
 
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