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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 03 de Fevereiro de 2025 às 19:00

Novos presidentes do Congresso devem impulsionar pautas econômicas

Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito presidente da Câmara no sábado (1º)

Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito presidente da Câmara no sábado (1º)

Marina Ramos/Câmara dos Deputados/Divulgação/JC
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Com a Câmara dos Deputados e o Senado sob novo comando, as pautas econômicas devem ganhar impulso a partir deste mês. O corte de gastos tem que ser encarado para valer, mesmo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizendo que, se dependesse dele, não aconteceria.
Com a Câmara dos Deputados e o Senado sob novo comando, as pautas econômicas devem ganhar impulso a partir deste mês. O corte de gastos tem que ser encarado para valer, mesmo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizendo que, se dependesse dele, não aconteceria.
Já o problema das emendas parlamentares deve avançar, e os congressistas não pretendem abrir mão disso. Deputados contam com a força política de Hugo Motta (foto, Republicanos-PB) para fazer esta pauta explosiva andar. "O mais difícil é administrar os interesses dos partidos", considera o cientista político Murilo Medeiros, da UNB.
Projetos fiscais
Com Davi Alcolumbre (União-AP) na presidência do Senado e Hugo Motta na Câmara, eleitos com folga de votos no sábado (1°), o consenso entre deputados e senadores é o de que há pouco espaço para a votação de projetos fiscais, em meio a um impasse sobre as emendas parlamentares.
Interesses de partidos
O cientista político Murilo Medeiros avalia que num pleito considerado até fácil no resultado "o mais difícil, agora, para tocar a Câmara dos Deputados, será administrar interesses de partidos diferentes". O presidente Hugo Motta terá que agradar ao PT, mas também o PL, o MDB e o União Brasil. Certamente os compromissos firmados foram bastante amplos. Agora vem a conta.
Jogo de forças de poder
Na visão de Murilo Medeiros, nesse nosso sistema, há quase um semipresidencialismo. O deputado Hugo Motta vai ter uma enorme responsabilidade para equilibrar esse jogo de forças de poder.
Melhor interlocução
Na avaliação do cientista político, "o Palácio do Planalto vai ter que melhorar muito sua interlocução, porque, apesar desse cenário, desse mar calmo, dessas grandes folgas, a atual situação promete ser muito desafiadora, principalmente na economia, até porque só restam dois anos agora para o governo Lula, com a inflação de alimentos, o tema da segurança pública. E é um ano pré-eleitoral".
Tabuleiro na mesa
Enfim, o tabuleiro está na mesa. Agora começa o jogo para valer, com negociações a serem definidas, pois 2026 vem aí. A previsão é que as pautas, até de níveis mais populistas, devem ganhar terreno no Congresso. Vai ser preciso apagar muito incêndio nesses próximos meses.
Centro político
Murilo Medeiros destaca que a eleição de Hugo Motta traz alguns aspectos interessantes, como a questão partidária. "É a primeira vez que os Republicanos, o antigo PRP, um partido clássico do centro político, assume a presidência da Câmara".
Melhor trânsito na Câmara
A convivência do presidente Lula com o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, será um pouco diferente do que com o seu antecessor Rodrigo Pacheco (PSD-MG), avaliam congressistas. O novo presidente do Senado, em sua posse, já deu o recado: "defende o diálogo, a transparência, mas ela vale para todos os Poderes, não só para o Congresso Nacional".
 

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