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Repórter Brasília

- Publicada em 24 de Janeiro de 2023 às 20:22

Entre uma crise e outra...

Com menos de um mês de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentou uma ameaça de golpe da extrema direita, a invasão dos opositores aos prédios dos Três Poderes da República, com depredação do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto. A democracia e a governabilidade estiveram sob risco, mas Lula, com o apoio dos presidentes dos demais poderes, conseguiu abafar a crise. Não bastasse, Lula precisou trocar o comandante do Exército, como já se divulgou. Tudo isso, sem que o presidente ainda tenha uma morada oficial. Ele e a esposa, Janja, continuam hospedados em um hotel, pois o Palácio da Alvorada e a Granja do Torto passam por reformas.
Com menos de um mês de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentou uma ameaça de golpe da extrema direita, a invasão dos opositores aos prédios dos Três Poderes da República, com depredação do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto. A democracia e a governabilidade estiveram sob risco, mas Lula, com o apoio dos presidentes dos demais poderes, conseguiu abafar a crise. Não bastasse, Lula precisou trocar o comandante do Exército, como já se divulgou. Tudo isso, sem que o presidente ainda tenha uma morada oficial. Ele e a esposa, Janja, continuam hospedados em um hotel, pois o Palácio da Alvorada e a Granja do Torto passam por reformas.
Cumprir a Constituição
No final da semana passada, Lula afastou o general Júlio César de Arruda do comando do Exército, pelo que chamou de "atos de insubordinação". Para o seu lugar, nomeou o general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, Comandante Militar do Sudeste. O novo comandante acentuou que "as Forças Armadas não andam ao sabor de um governo ou de outro, são comprometidas com a Constituição". Era tudo o que Lula precisava ouvir para tentar ter tranquilidade, e governar.
Construir a respeitabilidade
Sobre as Forças Armadas, a professora de Segurança e Política Internacional da Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), Danielle Ayres, avalia que "o atual governo vive um momento muito interessante das necessidades, ou seja, reconstruir respeitabilidade junto às forças armadas e a readequação do papel do controle civil frente aos militares em geral. Isso se perdeu desde o início do governo Michel Temer (MDB) e se aprofundou com o governo de Jair Bolsonaro (PL)", disse ela.
Politização dos militares
A professora Danielle Ayres lembra que o Brasil tem também problemas na questão da politização dos militares, criado por Bolsonaro. "E, ainda, a militarização dentro da política", afirmou. Esse último caso observa-se no número de eleitos, em 2022, para o Congresso Nacional. São 44 eleitos para a Câmara dos Deputados e dois para o Senado Federal, entre policiais, bombeiros e militares das forças armadas, isto é, um crescimento de 27% desse segmento sobre a bancada anterior, segundo o portal Congresso em Foco.
Com os indicados é mais fácil
No entendimento da professora, que foi vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa, "o desafio é ainda maior quando se fala de pessoas eleitas. Porque, do ponto de vista daqueles que são indicados, que ocupam alguns cargos (em órgãos do governo) são, obviamente, de confiança, e esses podem ser retirados, podem ser impedidos, não ser mais indicados e não fazer mais parte da burocracia do Estado. Com os eleitos essa dinâmica não existe".
 
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