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Repórter Brasília

- Publicada em 16 de Janeiro de 2023 às 20:05

Desafiando o "mercado"

Ao contrário dos dois primeiros mandatos presidenciais que exerceu, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inicia seu terceiro desafio frustrando um desconfiado "mercado". Ainda antes da posse, em novembro do ano passado, Lula declarou haver "incompatibilidade entre assistência social e responsabilidade social". Disse mais: que os recursos públicos aplicados em assistência aos pobres não são gastos, mas "investimentos". E desafiou: "Porque as mesmas pessoas que discutem com seriedade o teto de gastos (do governo federal) não discutem a questão social do país"? O mercado chiou, ferveu, e a provocação ficou na pauta dos economistas, principalmente.
Ao contrário dos dois primeiros mandatos presidenciais que exerceu, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inicia seu terceiro desafio frustrando um desconfiado "mercado". Ainda antes da posse, em novembro do ano passado, Lula declarou haver "incompatibilidade entre assistência social e responsabilidade social". Disse mais: que os recursos públicos aplicados em assistência aos pobres não são gastos, mas "investimentos". E desafiou: "Porque as mesmas pessoas que discutem com seriedade o teto de gastos (do governo federal) não discutem a questão social do país"? O mercado chiou, ferveu, e a provocação ficou na pauta dos economistas, principalmente.
Herança maldita
Sobre isso, o ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, se manifestou, em entrevista ao Correio Braziliense. Autoridade do time principal dos consultores econômicos do país, Maílson disse que Lula ainda não se deu conta do desafio, "porque não herdou um país mais organizado", como o que recebeu de Fernando Henrique Cardoso, em 2003, ano em que assumiu a presidência pela primeira vez. E, agora, está diante de uma "herança maldita".
Situação delicada
"Lula recebe um país, como se sabe, com uma situação fiscal muito delicada e com um crescimento medíocre. E o discurso dele parece sinalizar que basta ter chegado ao governo para superar uma transformação tal que a felicidade chega", declarou Maílson.
Arcabouço fiscal
"A grande espera do mercado atual é o novo arcabouço fiscal", segundo o ex-ministro. Para Maílson, "Lula desprezou a situação fiscal do país, a restrição orçamentária, e não se preocupou com a revisão dos gastos obrigatórios".
Por falar em gastos...
O noticiário sobre os terroristas que invadiram os três poderes da República, no último 8 de janeiro, sufocou uma informação que não pode ser esquecida facilmente. Em quatro anos de mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro "torrou" R$ 27,6 milhões de seu cartão corporativo. Para quem não sabe, é dinheiro disponível para os seus gastos relacionados ao exercício do mandato. A média foi de gastos na casa dos R$ 7 milhões por ano. Que tal?
Dinheiro público
Volto a esse assunto, divulgado na semana passada, porque sabe-se agora que boa parte das despesas realizadas pelo ex-presidente foi em dias em que não havia agenda de trabalho, em que o distinto senhor passeava pelo país promovendo motociatas. Mas, em tempos de dificuldades financeiras, como revelou acima o ex-ministro Maílson da Nóbrega, estarrece saber que Bolsonaro gastou R$ 8.600,00 só em sorvetes. Ou seja, tomando por base o valor de uma "casquinha", a R$ 4,00, isso equivale, em média, mais de um sorvete por dia nos seus 1.460 dias de mandato, pagos só com cartão corporativo...
Viva o padeiro
Em seus passeios presidenciais, Bolsonaro usou R$ 581 mil do contribuinte para pagar despesas em padarias. E R$ 13,7 milhões em hotéis. Estariam esses gastos vinculados aos passeios de "motociclo", com apoiadores, que davam uma paradinha na padaria para um lanchinho? A conferir.
Histórico
Criado em 2001 pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o cartão é distribuído também para a equipe de gabinete e ministros de Estado, com o alerta de que os gastos devem respeitar os princípios da administração pública, legalidade, moralidade e eficiência.
 
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