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Repórter Brasília

- Publicada em 15 de Janeiro de 2023 às 20:29

Assassinos da democracia

Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, gaúcho Paulo Pimenta prometeu combater fake news e acabar com o 'cercadinho' da imprensa

Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, gaúcho Paulo Pimenta prometeu combater fake news e acabar com o 'cercadinho' da imprensa


Valter Campanato/Agência Brasil/JC
A semana começa sob o signo da expectativa. De um lado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentando dar rumos ao seu governo. Do lado de fora, olhos nas investigações sobre a minuta do decreto que reverteria o resultado das eleições e manteria Jair Bolsonaro (PL) no poder. A minuta foi encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
A semana começa sob o signo da expectativa. De um lado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentando dar rumos ao seu governo. Do lado de fora, olhos nas investigações sobre a minuta do decreto que reverteria o resultado das eleições e manteria Jair Bolsonaro (PL) no poder. A minuta foi encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
'Democraticidas' em ação
São tempos de apreensões. Ex-ministro do STF, Ayres Britto acredita que as atrocidades contra a República, há uma semana, não foram atos de "aloprados", como disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas de "democraticidas", isto é, assassinos da democracia.
Ações conjugadas
Por enquanto, o terror de 8 de janeiro foi sufocado pela união e ações conjugadas dos três Poderes (Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal). E pelos apoios externos, como os vindos dos Estados Unidos e da Organização dos Estados Americanos, que decretaram: não há espaço para golpes nem ditaduras.
Policiais e militares coniventes
Mas o presidente Lula está convencido de que a porta do Palácio do Planalto foi aberta pelo lado de dentro para que os baderneiros entrassem. Para Lula, há policiais e militares coniventes com os golpistas, pois não houve porta arrombada... A situação motivou uma mudança inédita na Presidência da República. Pela primeira vez, um presidente rejeitou ter militares fardados como ajudantes de ordens.
Guarda Presidencial
O ministro Paulo Pimenta (PT, foto), da Secretaria de Comunicação, reforça a tese de Lula: o Batalhão da Guarda Presidencial fica a poucos metros do Palácio do Planalto. E teria condições de proteger o Palácio em menos de oito minutos, mas sequer foi mobilizado.
Democracia protegida
"Não brinque com a democracia, que garante o direito de você ter liberdade para tudo, mas ela não lhe dá o direito de ocupar o espaço do outro. E, quando tentam fazer isso, estão passando por cima da Constituição e nós seremos duros em fazer com que a Constituição seja cumprida", disse Lula aos jornalistas.
Aventura suicida
O balanço parcial da tentativa de golpe mostra 1.159 na prisão; retirada de todos os manifestantes da frente de quartéis; identificados os criminosos contra patrimônios da União; mais de 40 empresas de ônibus facilitaram as viagens dos terroristas. Três deputados, André Fernandes, Silvia Waiãpi e Clarissa Tércio estão entre os incentivadores do crime contra a democracia. O governador Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal, foi afastado do cargo por 90 dias; decretada prisão do ex- secretário de Segurança Pública do GDF Anderson Torres.
Bloqueio de segurança
A pedido da Advocacia-Geral da União, juiz federal determinou bloqueio de R$ 6,5 milhões de suspeitos que financiaram atos terroristas para pagar a conta dos estragos na Praça dos Três Poderes. Sobre Anderson Torres, aliados próximos de Jair Bolsonaro temem por uma delação premiada que comprometa o ex-presidente da República. Com ordem de prisão decretada, a situação de Torres é delicadíssima, e, por isso, temerosa para os "amigos" próximos, entre eles os membros do PL, partido do ex-presidente da República.
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