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Olhar da Fé

- Publicada em 16 de Novembro de 2022 às 18:45

Discípulo de Jesus Cristo

Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre
Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre
Jesus Cristo é a origem e fundamento da vida cristã, cuja tarefa consiste no constante exercício de se assemelhar ao Mestre e Senhor.
A forma mais radical de recuperar o próprio de Jesus Cristo e fazer disso a origem, o fundamento, o motor, o dinamismo de toda a vida cristã aparece nos Evangelhos como convite e exigência de Jesus para o seu seguimento. Porém, para recuperar o próprio de Jesus não basta recolher informações a respeito do concreto de sua vida, missão e destino; é preciso participar em primeira pessoa de Sua vida e empenhar-se por reproduzi-la no cotidiano. Nisto consiste o ser discípulo!
Discípulo é o aprendiz que, afeiçoado pelo mestre, se empenha com todas as forças no “seguimento” para lhe aprender o “segredo vital”.
O seguimento de Jesus Cristo foi intensa e vivamente buscado e experimentado pelos seus discípulos ao longo de séculos. Trata-se, pois, de um imenso oceano de experiências vivas, atuantes, atuais, concretas, efetivas, vivas. O discípulo de hoje está inserido nessa dinâmica de seguimento.
Esta é uma dinâmica criativa de ordenação, diferenciada e estruturada, isto é, bem trabalhada, que se expressa em fórmulas, diretrizes, regras e normas, oferecendo indicações, orientações, exemplos de experiências a quem se dispõe a abraçar o caminho do seguimento do Senhor. As indicações colhidas ao longo da história não são propriamente informações, conhecimentos ou habilidades; são por assim dizer evocações do jeito próprio de tal seguimento.
Ganha, assim, lugar de destaque a história de vida de mulheres e homens, em quem a presença do Evangelho se tornou compacta e densa.
É como a obra de arte. Quanto mais intensa e densa a presença da arte, tanto mais inspira e provoca novas obras de arte. É por isso que os artistas contemplam com tanta frequência as obras clássicas dos grandes mestres antigos. Deixar-se inspirar e provocar pela obra não é copiar a obra. Não é reproduzir o seu conteúdo. É antes deixar-se colher pelo vigor da caminhada, do movimento da obra, deixar-se evocar para eu caminhar na minha própria concreção. Mas, na medida em que a concreção da própria caminhada aumenta em profundidade e densidade, eu me aproximo, me identifico, isto é, sou atingido pela mesma presença que colheu a obra do mestre, como abismo de profundidade do Mistério.
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