Os supermercados gaúchos esperam alta nominal de 14% nas vendas do Natal e Ano Novo deste ano frente ao desempenho do ano passado, informou nesta terça-feira (22) a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). Além disso, a entidade projeta que serão abertas 4 mil vagas temporárias em lojas entre o fim de ano e veraneio.
Segundo a Agas, 40% dos ocupantes dos postos para atuar em temporada devem ser efetivados. Para o fim de ano, a entidade estima a venda de 5 milhões de espumantes, 4 milhões de panetones, 900 mil aves natalinas e 4 milhões de caixas de bombom.
O dirigente afastou maiores altas de preços dos itens da ceia natalina e de Ano Novo. A alta é prevista para 10% a 12% em frangos e peru, diz. "Espumante está com o mesmo preço de 2021", garante o presidente da entidade, Antônio Cesa Longo.
A projeção de vendas veio mais turbinada do que o inicialmente medido em pesquisa com redes pela Agas. A elevação seria de 9%. Mas a animação com a demanda da Copa do Mundo mexeu com a taxa, justificou o presidente da associação, na coletiva de balanço do ano e divulgação dos vencedores do prêmio Carrinho Agas, que tem 67,5% de marcas gaúchas.
Os vencedores foram eleitos pelos 250 maiores supermercados do Estado. São 41 empresas e três personalidades do ano, entre gerente de vendas, empresário e figura pública. Os troféus serão entregues no dia 28, em evento no Grêmio Náutico União, em Porto Alegre. (veja a lista dos vencedores no fim do texto)
O presidente da associação avalia que os números de comercialização podem mudar se a seleção brasileira chegar ao hexacampeonato.
"A gente espera que o Brasil seja campeão, porque sabemos que os grandes fornecedores (produtos para festejar) serão os supermercados", associou Longo, referindo-se ao crescimento de compras principalmente de bebidas e itens para churrasco, da carne ao carvão.
Venda de bebidas deve subir 20% na Copa
As bebidas devem ser as mais favorecidas na hora das compras. "Ela é uma das principais categorias de destino de quem vai às lojas, ao lado do açougue", cita o dirigente. "As bebidas vão ter aumento de 20% nas vendas em função da Copa. O Mundial é no calor, alguns estarão em férias coletivas. Somente o clima já gera este crescimento", sentenciou Longo.
A maior concorrência, medida pela abertura de mais de 1,2 mil lojas desde 2020 no Estado, é considerada um fator decisivo neste ambiente. Longo amenizou a instalação de unidades praticamente em frente ou vizinhas a outras estabelecidas.
"Supermercado abrindo perto de outro pode ser positivo, pode criar um polo na região e impulsionar a reação de quem já está", avalia o dirigente. O número de vagas (trabalho) cresce também pela expansão e competição que "está no DNA do setor", observa Longo.
Sobre riscos de impactos para os setores com o aumento de casos de Covid-19, Longo observou que já há uma imunização pela vacina, novas doses devem ser liberadas, como a vacina bivalente. "A máscara, por exemplo, para quem trata com comida, é sempre recomendável usar por segurança com o consumidor. São atos que tivemos e podem voltar", avalia o supermercadista.
Vencedores do Carrinho Agas 2022 (categoria de fornecedor e vencedor)
- Queijos: Cooperativa Santa Clara