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Livros

- Publicada em 08 de Dezembro de 2022 às 20:06

Príncipe britânico, rapper americana, realeza

Dinastia Americana (Editora Intrínseca, 384 páginas, R$ 59,90, tradução de Karina Ribeiro), romante inter-racial da escritora e ex-advogada criminalista norte-americana Tracey Livesay é uma picante narrativa que tomou por inspiração a história de amor entre o príncipe Harry e Meghan Markle, trazendo muitas referências à família real britânica.
Dinastia Americana (Editora Intrínseca, 384 páginas, R$ 59,90, tradução de Karina Ribeiro), romante inter-racial da escritora e ex-advogada criminalista norte-americana Tracey Livesay é uma picante narrativa que tomou por inspiração a história de amor entre o príncipe Harry e Meghan Markle, trazendo muitas referências à família real britânica.
Tracey é autora de vários romances e acha que criar finais felizes é um pouco mais desafiador do que proteger nossos direitos constitucionais. Ela nunca se arrependeu de largar o direito e seguir seu coração. Hoje mora na Virgínia com o marido, que conheceu no primeiro dia de faculdade, e três filhos.
A realeza, suas pompas e circunstâncias, escândalos e intrigas retumbantes fascina o mundo e sempre inspirou boas histórias. Tracey conta a tórrida história da paixão de Jameson, um príncipe britânico, brilhante e recluso professor universitário, e Danielle "Duquesa" Nelson, determinada cantora rapper negra prestes a assinar um contrato milionário que vai turbinar sua marca de cosméticos.
A Rainha da Inglaterra, para salvar o prestígio da realeza, decidiu montar um evento para homenagear o falecido príncipe consorte, e o príncipe James é obrigado a participar. A festa terá vários shows e, por acaso, Jameson acaba escolhendo a "Duquesa" Dani. Uma paixão tórrida vai acontecer e Dani, que vai virar a vida do príncipe de cabeça para baixo, sabe que a união será ótima para seu contrato com a marca de produtos de beleza.
Dani e Jameson vão viver cenas calientes e não desgrudam mais um do outro. Eles até tentam se separar, mas o amor é maior. Porém, à medida em que o brilho dos holofotes se intensifica e forças externas tentam interferir, a relação sexy e ardente dos dois fica mais difícil . Resta saber se a paixão dos dois vai ser forte o suficiente para superar os numerosos obstáculos da vida real.
 

Lançamentos

  • Os Pampas das Mulheres - Incursões pelas ficções de Valesca de Assis (Editora Jasvens, 168 páginas, R$ 35,00), organizado por Wilma dos Santos Coqueiro e Vicentônio Regis do Nascimento Silva, apresentação de Marisa Corrêa Silva, traz ensaios das organizadoras e especialistas sobre o importante fazer literário de Valesca e a força de suas personagens e temas.
  • Um navio na coxilha (Editora Casa 29, 192 páginas, R$ 50,00), do consagrado e premiado jornalista e escritor Luís Dill, narra história ocorrida em Forquilha Seca, cidadezinha do interior gaúcho em 1954. Numa manhã nevoenta de inverno um cargueiro aparece perto da cidade, em meio ao campo... e muito começa a acontecer.
  • Steve Jobs (Editora Intrínseca, 640 páginas, R$ 99,90, tradução de Rogério W. Galindo), de Walter Isaacson, ex-editor da Time, ex-CEO da CNN e um dos maiores biógrafos da atualidade, é a nova edição da história do brilhante e controverso cofundador da Apple. Dois capítulos extras com momentos familiares e dias finais de vida estão na nova versão da obra.

A palavra do ano

As "narrativas", as fantasias, os delírios, os devaneios, as alucinações, as verdades e as mentiras, ou a "melhor versão da verdade", como disse Carl Berstein, célebre jornalista do Watergate, fazem parte da história da humanidade. Acho até que desde o tempo em que os homens das cavernas mentiam ou falavam a verdade sobre as caças a javalis para alimentar as famílias. Em matéria de vida íntima (ou até de vida pública), honorários profissionais, salário, compra de imóvel, pescaria e muitas coisas, dá para mentir e inventar bastante, uma vez que não há como comprovar o que os papudos dizem e/ou mentem.
Pilatos perguntou a Jesus Cristo: que é a verdade? Cristo disse apenas que não era rei terreno, que tinha vindo ao mundo para trazer a verdade ao mundo e nada mais falou. O silêncio eloquente permanece. Desde os gregos até filósofos contemporâneos como Foucault, Sartre e Nietzsche, o tema da verdade (verdade absoluta, verdade relativa etc) segue e, hoje, com tanta informação, desinformação e deformação, segue o baile com as verdades, as mentiras e tudo mais dançando juntas, ao som das orquestras dos pretensos donos das informações, das redes sociais e dos poderosos que se acham deuses e são apenas meros mortais sentados nos mesmos vasos sanitários que todos nós.
Palavras, narrativas, histórias, polêmicas e aí a palavra do ano passado, segundo os dicionários e empresas do ramo, foi vacina. Este ano a Merriam-Webster, a editora mais antiga de dicionários nos Estados Unidos, acaba de escolher o termo "gaslighting" como a palavra do ano. Trata-se do ato ou prática de manipular psicologicamente alguém, em que informações são distorcidas ou falsificadas em benefício do manipulador. Já para o legendário dicionário Oxford, a expressão "goblin mode" (gíria que significa comportamento autoindulgente, preguiçoso, desleixado ou ganancioso) seria a palavra para definir 2022. As duas têm a ver, infelizmente.
Nesta era de desinformação, notícias falsas, conspirações, trolls do twiter e deep fakes, o Merriam-Webster tem mesmo razões para afirmar que "gaslighting" é a palavra do nosso tempo. O termo tem orígem na peça Gas Light (luz a gás), de 1938, do dramaturgo britânico Patrick Hamilton. Na peça o personagem principal Jack, tenta convencer a esposa Bella de que está ficando louca. A mulher diz que a luz a gás da casa está ficando mais fraca e ele diz que ela está só imaginando. Ele quer enlouquecê-la e roubá-la.
Os canais de comunicação em priscas eras eram mais simples e lentos e as notícias, verdadeiras ou não, não manipulavam tanto e tanta gente. Hoje, com esse imenso e poderoso número de canais e tecnologias usados para comunicação, informação, desinformação, manipulação e enganação, haja olhos de lince, ouvidos de tuberculoso e inteligência emocional e racional para lidar com esse mar de sons, imagens, palavras, ruídos e "mensagens" que envolvem política, economia, religião, costumes e tentativas de venda de uma infinidade de produtos e serviços.

A propósito...

O mundialmente celebrado professor e historiador israelense Yuval Noah Harari, autor de Sapiens: Uma breve História da Humanidade e Homo Deus, entre outras obras fundamentais para entender nossa trajetória, alerta para o fato dos donos dos dados serem os donos do futuro e para o que chama de hackeamento humano e ditaduras digitais. Temos que lutar pela continuidade da liberdade de ir e vir, de pensamento, reflexão, expressão e ação, do livre arbítrio e acreditar que cada um e todos têm o milenar direito de imaginar, sonhar, criar e viver plenamente.