Trânsito livre no Mercosul

Aviso aos navegantes: o ex-governador João Doria (PSDB) está mordido, muito mordido. Tem um arsenal de gravações de conversas que pode usar usar mais adiante, que envolvem nomes do seu partido e outros interlocutores.

- Claro que ele vai ter dinheiro. Uns cinco ou seis milhões...

Dito em mesa de bar de Porto Alegre por um cardeal do MDB nacional, perguntado sobre verba de campanha do candidato próprio ao Piratini, caso o MDB gaúcho insista em não coligar com o PSDB. Depois dessa fala, com quilos de ironia, nem precisa dizer que esse dinheiro não dá nem para a largada da disputa ao governo do Estado.

As verbas de campanha foram ampliadas de algumas eleições para cá por causa do Fundo Eleitoral e do Fundo Partidário. A verba do PT para a campanha do ex-presidente Lula (PT) é de R$ 130 milhoes, e a de Jair Bolsonaro (PL) precisa adicionar a grana do pacote de bondades no total. É cruel dizer isso, mas não se faz democracia participativa sem dinheiro, muito dinheiro.

Para ter chance de ser eleito deputado federal no Rio Grande do Sul, o candidato precisa partir do mínimo do mínimo, que gira em torno de R$ 500 mil. Tendo gabinete, uns R$ 400 mil. Isso se os deuses do voto forem simpáticos à causa. Não entram nessa conta o custo de plásticas para esticar a pele do rosto. Em alguns casos, quando riem levantam uma das pernas involuntariamente de tão esticada a pele. Outros, como Lula, preferem esvaziar as olheiras.

Às vezes, as manchetes dos jornais do Centro do País nos levam à convicção de que o Brasil é uma catástrofe passada, presente e futura. A Revista Oeste chama atenção para o lado B da questão, sem negar que temos problemas, sim senhores. Uma entrevista de Marcos Troyjo para o programa Direto ao Ponto, da Jovem Pan, passa a impressão de que existem dois Brasis. No desenhado pela imprensa, surgiram na última década 2,2 milhões de novos desempregados com mais de 50 anos.

Fora do contorcionismo linguístico, o Brasil descrito por Troyjo — presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco dos Brics — atingiu em 2021 uma corrente comercial de US$ 500 bilhões, exportou US$ 280 bilhões e alcançou um superávit de US$ 61 bilhões. "Somos a oitava economia do mundo", lembrou Troyjo. "Vamos crescer 2% neste ano. Somos um dos cinco principais destinos de investimento direto. "Temos a maior corrente comercial da história."

Há 25 anos esta página chama atenção para a falta de vontade política e empresarial para usar os afluentes do Guaíba para roteiros turísticos. Felizmente, a direção do Barco Cisne Branco rompeu esse tabu e vai fazer roteiros no Rio Taquari mais adiante. É uma oportunidade de ouro. As comunidades ao longo dos rios podem vender produtos coloniais e assim criar mercado, as secretarias de turismo podem promover festas locais com atrações para turistas e assim começar uma corrente fluvial de ouro puro.

...ao longo das décadas, criou-se uma mentalidade de que turismo é fazer voltinhas em torno das ilhas do Guaíba, como se suas águas caíssem do céu logo depois da ponte.

RED - Rede Estação Democracia e a Faccat - Faculdades Integradas de Taquara promovem, a partir desta segunda-feira, o Seminário sobre o Desenvolvimento do Rio Grande do Sul. A abertura será no Plenarinho da Assembleia Legislativa, às 14 horas.

RESTAURANTES da Capital se dividem em dois grupos. Os que pioraram e os que melhoraram ipso facto.

DIFERENÇA resulta em clientela fiel. Do lado dos que pioraram, há decepção.

MILAGRE é que pelo menos as salsichas de cachorro-quente não tem encolhido de tamanho e circunferência.

JÁ os tubos de dentifrício quando apertados emitem o som ploft!, indicativo de bolsas de ar.

CHOCOLATES em barra fizeram regime, estão fininhos. Mas engordaram no preço.

JOVENS ocupando assentos reservados para idosos nos ônibus, vergonha porto-alegrense.

EMPRESAS nem mesmo orientam seus cobradores para que chamem a atenção dos incivilizados.