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Cinema

- Publicada em 07 de Julho de 2022 às 18:31

Atualidades

Hélio Nascimento
O ator Bradley Cooper é outro que parece decidido a seguir, também, a carreira de cineasta. Sua filmografia foi iniciada com uma quarte versão de Nasce uma estrela, em 2018, filme no qual, ao lado de Lady Gaga, interpretava o papel de um astro decadente que vê a companheira transformar-se numa figura famosa. Seu segundo filme, que está sendo concluído, volta ao universo musical. Cooper, que já se declarou fascinado pelas figuras de regentes de orquestras, dirige agora sua atenção para Leonard Bernstein, que foi um dos grandes nomes da música americana, seja como maestro, seja como compositor. Para o cinema, Bernstein só escreveu uma partitura original, aquela para o filme Sindicato de ladrões, realizado em 1954, por Elia Kazan. Mas sua música já tinha chegado ao cinema, quando em 1949, Stanley Donen e Gene Kelly realizaram Um dia em Nova York. Depois, em 1961, com a versão cinematográfica de West side story, realizada por Robert Wise e Jerome Robbins, a música de Bernstein voltou ao cinema. Além de ter composto peças em diversos gênero, Bernstein foi também um dos grandes maestros do século passado, tendo inclusive regido uma integral das sinfonias de Gustav Mahler à frente da Filarmônica de Viena. Foi ele quem, depois da queda do Muro, regeu a Filarmônica de Berlim numa versão da Nona de Beethoven. Ele também se dedicou a divulgação da música entre jovens, com uma série de programas didáticos transmitidos pela televisão - e também de um programa especial, que chegou ao Brasil em LP, na década de 1950, sobre a importância do jazz. Sua despedida mobilizou a cidade de Nova York e certamente será reconstituída no filme de Cooper. O título, pelo menos durante a realização, é Maestro. O próprio Cooper vive o protagonista.
O ator Bradley Cooper é outro que parece decidido a seguir, também, a carreira de cineasta. Sua filmografia foi iniciada com uma quarte versão de Nasce uma estrela, em 2018, filme no qual, ao lado de Lady Gaga, interpretava o papel de um astro decadente que vê a companheira transformar-se numa figura famosa. Seu segundo filme, que está sendo concluído, volta ao universo musical. Cooper, que já se declarou fascinado pelas figuras de regentes de orquestras, dirige agora sua atenção para Leonard Bernstein, que foi um dos grandes nomes da música americana, seja como maestro, seja como compositor. Para o cinema, Bernstein só escreveu uma partitura original, aquela para o filme Sindicato de ladrões, realizado em 1954, por Elia Kazan. Mas sua música já tinha chegado ao cinema, quando em 1949, Stanley Donen e Gene Kelly realizaram Um dia em Nova York. Depois, em 1961, com a versão cinematográfica de West side story, realizada por Robert Wise e Jerome Robbins, a música de Bernstein voltou ao cinema. Além de ter composto peças em diversos gênero, Bernstein foi também um dos grandes maestros do século passado, tendo inclusive regido uma integral das sinfonias de Gustav Mahler à frente da Filarmônica de Viena. Foi ele quem, depois da queda do Muro, regeu a Filarmônica de Berlim numa versão da Nona de Beethoven. Ele também se dedicou a divulgação da música entre jovens, com uma série de programas didáticos transmitidos pela televisão - e também de um programa especial, que chegou ao Brasil em LP, na década de 1950, sobre a importância do jazz. Sua despedida mobilizou a cidade de Nova York e certamente será reconstituída no filme de Cooper. O título, pelo menos durante a realização, é Maestro. O próprio Cooper vive o protagonista.
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O diretor Ridley Scott está completando seu novo filme, uma reconstituição da carreira de Napoleão Bonaparte. A figura do imperador está ligada à História do Cinema, graças às experiências narrativas e ao tom épico da versão de Abel Gance, realizada em 1926, filme que depois de restaurado foi exibido em todo o mundo numa versão sonorizada, que tinha música original composta por Carmine Coppola, maestro, compositor e pai de Francis Ford. Napoleão foi representado em vários filmes por diversos atores, inclusive por Marlon Brando, que não apreciava seu trabalho em Désirée, filme dirigido por Henry Coster em 1954. O ator escolhido por Scott foi Joaquim Phoenix, o grande intérprete de muitos filmes dos últimos anos. No papel da imperatriz Josefina, está Vanessa Kirby, igualmente muito aplaudida por seus trabalhos no cinema e na televisão. Scott tem alguns clássicos em sua filmografia, inclusive O gladiador, que foi premiado com o Oscar. Mas seus filmes mais cultuados são Alien e Blade Runner. E há, também, um filme muito simpático e pouco conhecido, Um bom ano, interpretado por Marion Cotillard e Russell Crowe. Atualmente com 82 anos, Scott não desiste de realizar um cinema para o público adulto. É, portanto, outro resistente, em uma época em que a ordem parece ser dirigida para um processo destinado a infantilizar o espectador. Seu Napoleão, de alguma maneira, vem substituir a versão que o grande Stanley Kubrick não conseguiu realizar.
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Está causando grande repercussão em todo o mundo musical - e não apenas nele - a atuação do pianista coreano Yuchan Lim, um jovem de 18 anos no concurso Van Cliburn, realizado no mês passado, nos Estados Unidos. Sua performance no terceiro concerto para piano de Sergei Rachmaninoff fez a regente Marin Alsop, que já foi a titular da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, chorar nos minutos finais da obra. Lim foi o vencedor do concurso - um dos mais importantes, realizado de quatro a quatro anos - e, quando terminou, foi ovacionado de maneira incomum por toda a plateia. E o que tem isso a ver com cinema? É que Rachmaninoff, o autor da citada obra, é frequentador de muitos filmes, entre eles Desencanto, dirigido por David Lean em 1945, Em algum lugar do passado, realizado por Jeannot Szwarc em 1980, e também O pecado mora ao lado, a grande comédia de Billy Wilder, produzida em 1955, no qual outro concerto do compositor, o de número dois, é utilizado de forma satírica em uma cena antológica. As artes se encontram e por isso vale a pena uma aproximação a todas elas.
 
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