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Viticultura

- Publicada em 01 de Dezembro de 2022 às 18:16

CMN aprova novo preço mínimo da uva pago ao produtor

Valor proposto pela Conab foi considerado parcialmente satisfatório pelos produtores

Valor proposto pela Conab foi considerado parcialmente satisfatório pelos produtores


JOÃO MATTOS/JC
Claudio Medaglia
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta semana o reajuste do preço mínimo do quilo da uva pago pela indústria aos produtores. A resolução, com o novo valor, de R$ 1,58, que passará a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2023, já está pronta, aguardando apenas a assinatura do ministro da Agricultura, Marcos Montes.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta semana o reajuste do preço mínimo do quilo da uva pago pela indústria aos produtores. A resolução, com o novo valor, de R$ 1,58, que passará a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2023, já está pronta, aguardando apenas a assinatura do ministro da Agricultura, Marcos Montes.
O valor foi definido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a partir de levantamento do custo de produção apurado pelo setor, de R$ 1,61. O assunto foi discutido na semana passada, em Brasília, em encontros entre representantes da Frente Parlamentar da Vitivinicultura da Assembleia Legislativa gaúcha e membros da Conab e dos Ministérios da Agricultura e da Fazenda. O número, embora tenha ficado abaixo da expectativa, foi considerado uma conquista pelos viticultores gaúchos.
Conforme o presidente da Comissão Interestadual da Uva, Cedenir Postal, a definição atende parcialmente as expectativas. Isso porque as indústrias procuraram trabalhar pela manutenção do valor atual, de R$ 1,31 e, ao longo das negociações, admitiram chegar a um acordo pelo preço máximo de R$ 1,40 pelo quilo da uva Isabel.
“O resultado nos traz certa satisfação. Ainda que não corresponda totalmente ao que esperávamos, foi uma conquista importante. A comissão trabalhou muito para que nossa demanda fosse reconhecida”, observou Postal.
Presidente da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar, o deputado federal Heitor Schuch (PSB) considerou acertada a decisão do governo, que levou em consideração os argumentos dos produtores sobre o impacto de temas como a guerra na Ucrânia, a cotação do dólar e o câmbio.
“A representação dos produtores merece todos os louros por essa conquista, pois se empenhou muito para demonstrar a realidade de custos que enfrenta. Ainda que não tenham obtido tudo que pretendiam, esse avanço traz um balizador importante. Especialmente se a safra não for grande, pois nesse caso o lucro pode crescer”, disse Schuch.
Na safra passada, 663 mil toneladas de uva foram entregues à indústria, com custo de produção de R$ 1,34, pouco acima do mínimo estabelecido pelo governo. Nesta safra, que deverá registrar uma quebra de 15% a 20% na produção por conta de problemas climáticos, o cálculo de desembolso por quilo subiu em torno de 23%.
O parlamentar também exaltou o fato de os produtores de uva, tabaco e leite estarem protegidos por uma política de preços mínimos. E lamentou que outras culturas não tenham o mesmo tratamento.
“É uma garantia muito importante, porque sempre surgem ameaças de importação de produtos, o que acaba desvalorizando a produção local e comprometendo a viabilidade das pequenas propriedades rurais, que são as mais fragilizadas”.
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