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Estiagem

- Publicada em 05 de Janeiro de 2022 às 09:52

Estiagem quebra quase 60% da safra de milho sequeiro no RS

Clima seco gera perdas irreversíveis no milho e já atinge 24% da produção de soja

Clima seco gera perdas irreversíveis no milho e já atinge 24% da produção de soja


FECOAGRO/DIVULGAÇÃO/JC
A safra gaúcha de milho sequeiro alcançou perdas de 59,2% até o momento, enquanto, no milho irrigado, é de 13,5% e, na soja, a perspectiva atual é de 24% mesmo ainda com a semeadura em andamento, que já está quase completa. Os dados são da Rede Técnica Cooperativa (RTC) e divulgados pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (Fecoagro-RS).
A safra gaúcha de milho sequeiro alcançou perdas de 59,2% até o momento, enquanto, no milho irrigado, é de 13,5% e, na soja, a perspectiva atual é de 24% mesmo ainda com a semeadura em andamento, que já está quase completa. Os dados são da Rede Técnica Cooperativa (RTC) e divulgados pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (Fecoagro-RS).
Segundo o presidente da federação, Paulo Pires, a chuva desta semana deu uma amenizada na situação das lavouras, mas os prejuízos são irreversíveis para os produtores. “Este era o momento em que o produtor deveria se capitalizar, inclusive com preços que estão ajudando, mas os custos de produção já serão muito altos e iniciamos de forma melancólica o 2022. Já existe uma mobilização das entidades para que tenhamos ações dos governos federal e estadual no sentido de socorrer este produtor que vinha garantindo essa economia e agora o terá que criar mecanismos para vencer este momento de dificuldade”, salienta.
Pires reforça que as cooperativas agropecuárias estão atentas no sentido do que se puder fazer para assistência aos produtores, mas as altas temperaturas e a falta de chuva já acarretam essas perdas irreversíveis. O dirigente ressalta que é importante que os municípios façam os decretos de emergência neste momento. “Em 2020 produtores de 200 municípios não conseguiram acessar o socorro do governo federal porque não tinham o decreto de emergência. É importante que os prefeitos agora se dediquem a isto”, observa.
Entre as medidas solicitadas, conforme o presidente da Fecoagro, estão a transferência de dívidas financeiras dos produtores, principalmente as que vencem no primeiro semestre, além de uma política clara de armazenagem de água. “Nós temos um volume de chuva no Rio Grande do Sul durante o ano muito alto. Se conseguirmos as licenças que hoje não permitem que a gente faça esta armazenagem em APPs, teremos uma grande área irrigada e hoje está sendo trancada por questões de cunho jurídico e tecnicamente sabemos que não traz problemas para o meio ambiente. Onde temos água armazenada temos uma floração fantástica tanto da vida animal quanto vegetal”, complementa.
A Kern Boesing e Bombassaro, escritório e consultoria especializada em agronegócio, reforça a importância dos decretos de emergência dos municípios, que facilita que políticas públicas sejam destinadas de maneira mais ágil para que as perdas sejam amenizadas. Segundo eles, geralmente são liberadas linhas de crédito específicas para produtores de regiões atingidas onde a renegociação de contratos e de composição de dívidas são abrangidas.
Consolidada a perda e na iminência do vencimento das prestações de crédito rural ou com fornecedores particulares, o escritório recomenda que se solicite previamente uma renegociação apresentando dados e laudos que comprovem as perdas.
Da mesma forma ocorre em casa de seguro rural privado ou com o Proagro. É importante informar, comprovar e solicitar a indenização, além de observar os prazos para a vistoria a autorização para colheita.
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