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Eleições 2022

- Publicada em 12 de Abril de 2022 às 10:13

Lula discute frente ampla com senadores contra Bolsonaro para juntar 'cacos'

Lula falou aos participantes do encontro em juntar "cacos" de todos esses partidos para apresentar um projeto ao País

Lula falou aos participantes do encontro em juntar "cacos" de todos esses partidos para apresentar um projeto ao País


JULIEN DE ROSA/AFP/JC
Agência Estado
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a formação de uma frente ampla de apoio à sua pré-candidatura à Presidência durante um jantar com senadores na noite desta segunda-feira (11) na casa do ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE), chamando lideranças do MDB, do PSD e até mesmo do PDT para discutem um projeto conjunto diante do avanço do presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a formação de uma frente ampla de apoio à sua pré-candidatura à Presidência durante um jantar com senadores na noite desta segunda-feira (11) na casa do ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE), chamando lideranças do MDB, do PSD e até mesmo do PDT para discutem um projeto conjunto diante do avanço do presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa.
De acordo com participantes do encontro, o petista falou em juntar "cacos" de todos esses partidos para apresentar um projeto ao País. O ex-presidente acenou aos parlamentares falando que está disposto a rodar o País e pedir votos para os deputados e senadores que estiverem com o PT.
A declaração de que ele não quer ser um candidato do PT, mas de uma frente que vá além do partido e da esquerda, foi recorrente nas falas do petista, de acordo com interlocutores.
O jantar foi servido para 37 convidados na mansão de Eunício, no Lago Sul, na capital federal, e reuniu caciques do MDB que apoiaram o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e que agora agem para que o partido abandone a candidatura de Simone Tebet ao Planalto.
Estavam presentes senadores do PT, PSD, MDB e até do PDT de Ciro Gomes que já são próximos a Lula. Do local, eles saíram com a tarefa de agir contra a candidatura dos presenciáveis de suas legendas e abrir caminho para alianças com Lula, ainda que localizadas.
No MDB, a ala favorável a Lula quer derrubar a candidatura de Simone Tebet, se for oficializada, na convenção do partido, que deve ocorrer entre o fim de julho e o início de agosto. "Se não for uma candidatura viável, não tenho dúvida que nós teremos maioria para que isso aconteça", disse Eunício após o jantar. De acordo com ele, 14 diretórios estaduais do MDB estão próximos a Lula e podem apoiar a decisão.
A articulação foi colocada em campo para que o partido direcione forças e recursos para as campanhas de deputados e senadores. "Não dá para, a essa altura do campeonato, nós brincarmos de disputar eleição para presidente da República", afirmou Renan Calheiros (MDB-AL).
Antes do jantar, Lula esteve com o ex-presidente José Sarney. No mesmo dia, a senadora Simone Tebet se reuniu com o ex-presidente Michel Temer e com o presidente nacional da legenda, Baleia Rossi, em São Paulo para reafirmar sua pré-candidatura. Baleia conversou com Eunício por telefone e, de acordo com o ex-senador, mandou um abraço para Lula.
Aliados do petista também agem para atrair apoios no PDT, que lançou a pré-candidatura de Ciro Gomes. O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) estava no encontro e avalia uma ação com deputados federais para pressionar o partido a só manter a candidatura de Ciro se o presidenciável bater 12 pontos porcentuais nas intenções de voto em maio.
O PSD é outro partido que Lula quer manter perto. Omar Aziz (PSD-AM) esteve na reunião e deve apoiar o petista. No partido de Gilberto Kassab, porém, há resistências a um apoio formal a Lula, mas o PT alimenta expectativa de novas conversas em um eventual segundo turno.
A aliança com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), escolhido como vice de Lula, foi citada pelo petista como exemplo de um gesto a favor da frente nas eleições e na composição de um governo, apesar das diferenças e dos embates do passado, de acordo com participantes do jantar, que teve risoto, carne de carneiro e peixe.
Além das alianças, outra estratégia discutida durante o convescote foi contrapor o presidente Jair Bolsonaro, que está avançando e reforçando a polarização com o petista, na avaliação do grupo. Os senadores discutiram uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para limitar a liberação de recursos do Orçamento a redutos políticos de parlamentares antes da eleição. O processo está sendo estudado pela Rede Sustentabilidade e deverá ser apresentado nos próximos dias. O teor do pedido judicial ainda não foi apresentado.
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