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Eleições 2022

- Publicada em 05 de Abril de 2022 às 16:14

Leite não terá recursos para uma 'mobilização nacional', diz tesoureiro do PSDB

Tesoureiro do partido disse que Leite não vai receber recursos do partido para viajar pelo Brasil ou pagar despesas

Tesoureiro do partido disse que Leite não vai receber recursos do partido para viajar pelo Brasil ou pagar despesas


Itamar Aguiar/Palácio Piratini/DIVULGAÇÃO/JC
Agência Estado
Aliado do pré-candidato do PSDB à Presidência, João Doria, o tesoureiro nacional da legenda, César Gontijo, disse que o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), não vai receber recursos partidários para viajar pelo Brasil ou pagar qualquer tipo de despesa.
Aliado do pré-candidato do PSDB à Presidência, João Doria, o tesoureiro nacional da legenda, César Gontijo, disse que o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), não vai receber recursos partidários para viajar pelo Brasil ou pagar qualquer tipo de despesa.
"Como tesoureiro eu administro recursos públicos, e por isso dentro das regras do jogo. Leite não terá nenhuma verba do partido. Ele recebeu R$ 1,5 milhão nas prévias, mas perdeu", afirmou o tucano.
Em entrevista ao Estadão publicada nesta terça-feira (5) Leite disse que, "em última instância", a convenção do PSDB pode revogar as prévias, que foram vencidas por João Doria no ano passado, e admitiu que espera receber recursos da legenda para se movimentar pelo País e montar uma estrutura.
"O partido me convocou para participar de um processo de mobilização nacional. Estou atendendo essa convocação", disse Leite. O gaúcho pretende montar uma estrutura em São Paulo. Os ex-governadores paulistas contam com uma estrutura de seguranças, motorista e veículo após deixar o cargo, mas esse privilégio não vale no Rio Grande do Sul.
Leite brinca que, após deixar o Palácio Piratini, sede do governo, pensou em pedir um Uber para ir embora, mas recebeu uma carona do sucessor. Segundo aliados do ex-chefe do Executivo gaúcho, o PSDB do Rio Grande do Sul pode receber doações privadas e repassá-las a Leite sem o aval do diretório nacional.
"Vou ter uma base mais forte em São Paulo, mas vou ficar muito em Brasília", disse Leite ao Estadão.
O PSDB nacional definiu que a pré-campanha de Doria vai receber recursos do caixa da legenda, mas o valor será abatido do fundo eleitoral. O paulista vai começar pela Bahia a rodar o País já na semana que vem.
"A entrevista do ex-governador Eduardo Leite ao Estadão revela não só uma postura de delírio político, como demonstra, mais uma vez, o total desrespeito à vontade do filiado na sua própria base. Eduardo Leite se submeteu às eleições prévias, mas não consegue aceitar o resultado da eleição no voto, em um descabido exercício de antidemocracia", disse o tesoureiro tucano.
Ainda segundo Gontijo, a conduta "equivocada" de Eduardo Leite só dificulta o trabalho do presidente do partido, Bruno Araújo, no prosseguimento das articulações pelo candidato da terceira via.
"Tenho que prestar contas sobre cada centavo e não há nenhuma chance, digo nenhuma, do partido ter bancado todo o processo de prévias e simplesmente desprezar esse investimento por vaidade, capricho político ou interesses inconfessáveis de quem não aceita a derrota", disse Gontijo.
"O ex-governador Eduardo Leite costuma usar o termo da aviação: precisamos 'usar a pista inteira' antes da decolagem. Concordo com ele, mas só devo lembrá-lo, com o meu conhecimento sobre aviação, pois sou piloto, que a autoridade, responsabilidade e estratégia dentro uma aeronave são do comandante. E quem foi escolhido para sentar na cabine e comandar essa aeronave foi João Doria. Cabe aos passageiros, como Eduardo Leite, torcer para chegarmos vitoriosos ao nosso destino final", complementou o tesoureiro.
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