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governo federal

- Publicada em 10 de Janeiro de 2022 às 20:28

Bolsonaro quer blindar três ministérios de avanço do Centrão

Ministérios da Saúde, Infraestrutura e Desenvolvimento Regional são prioridades do presidente

Ministérios da Saúde, Infraestrutura e Desenvolvimento Regional são prioridades do presidente


FABIO RODRIGUES POZZEBOM/ABR/JC
Com o calendário eleitoral se aproximando, a pressão de aliados pela reforma ministerial aumenta. Mas o presidente Jair Bolsonaro (PL) pretende blindar três pastas dos avanços do centrão: Saúde, Infraestrutura e Desenvolvimento Regional.
Com o calendário eleitoral se aproximando, a pressão de aliados pela reforma ministerial aumenta. Mas o presidente Jair Bolsonaro (PL) pretende blindar três pastas dos avanços do centrão: Saúde, Infraestrutura e Desenvolvimento Regional.
Segundo relatos de ministros e auxiliares palacianos, o mandatário considera esses ministérios sensíveis pelo volume de orçamento, em especial destinados de emendas parlamentares, e pela importância em ano eleitoral.
Infraestrutura e Desenvolvimento Regional são cobiçados por congressistas por realizarem as principais obras do governo federal nos estados.
Segundo o próprio Bolsonaro, 12 dos 23 ministros devem deixar a Esplanada no final de março. A lei determina que autoridades devem deixar cargos públicos em abril para disputar as eleições.
Em entrevista a jornalistas no sábado (8), o presidente admitiu a possibilidade de parlamentares assumirem ministérios, mas disse que serão feitas "escolhas internas", e que "dificilmente vai ter um acordo por fora".
"Já começamos a pensar em nomes, alguns já estão mais do que certos", disse. "(Mas) Não quero falar agora, porque vai começar uma ciumeira: por ele e não eu? E ciúme de homem é pior do que mulher".
Dessas vagas, em apenas uma o sucessor é dado como certo por auxiliares de Bolsonaro: Infraestrutura. O secretário-executivo, Marcelo Sampaio, deve assumir o lugar de Tarcísio de Freitas. O titular articula candidatura ao governo de São Paulo.
Considerado técnico, Sampaio é engenheiro de formação e servidor de carreira do Ministério da Economia. Além disso, conta com o apoio de Tarcísio e do ministro da Secretaria-Geral, Luiz Eduardo Ramos, de quem é genro.
O ministério ficou sob o comando do PL em governos passados, e havia uma expectativa de que, com a filiação do presidente, o partido de Valdemar Costa Neto tentasse voltar para a Infraestrutura. A pasta tem orçamento de R$ 18,2 bilhões neste ano.
Segundo relatos, Sampaio vem tentando desde já estabelecer boas relações com congressistas e com lideranças do PL. Foi aconselhado a procurar Valdemar, o que ainda não ocorreu.
Na Saúde, com orçamento de R$ 160,5 bilhões, a expectativa é que Marcelo Queiroga não concorra a nenhum cargo. Ele já foi cotado a deputado federal e senador pela Paraíba, mas interlocutores do ministro dizem que ele desistiu ao perceber que o cenário no estado não era favorável.
Para o governo, o ideal também seria que ele continuasse na pasta, historicamente comandada pelo PP. Tiraria mais um ministério importante da mesa de negociações em ano eleitoral.
Se Queiroga contrariar expectativas e decidir se candidatar, auxiliares palacianos acreditam que Bolsonaro tentará uma "escolha interna" para a pasta, mas admitem que a pressão dos aliados será forte. Neste cenário, o secretário-executivo Rodrigo Cruz seria uma opção.
Já no Ministério do Desenvolvimento Regional, com R$ 13,6 bilhões de orçamento, o futuro é incerto.
Ministros dizem que ainda não há uma definição sobre quem assumirá no lugar de Rogério Marinho (PL), que sairá para disputar uma vaga ao Senado pelo Rio Grande do Norte.
Assim como o titular da Infraestrutura, Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) e João Roma (Cidadania) devem disputar o governo do Rio Grande do Sul e da Bahia, respectivamente.
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