O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defendeu a retirada do pagamento de precatórios do teto de gastos (regra que atrela o crescimento das despesas à inflação) no futuro, mas rejeitou a possibilidade de fazer isso para 2022.
O governo tenta aprovar a proposta de emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios e enfrenta resistências no Senado. Na Casa, há um grupo de senadores que pressiona pelo pagamento integral das dívidas judiciais no próximo ano, retirando essa despesa do teto, sob argumento de evitar um calote e uma farra fiscal em ano de eleição.
"Sendo dívida, em tese, no futuro se poderia pensar a respeito de retirá-lo do teto de gastos públicos. O problema é fazer isso agora. Como sustentar a retirada de R$ 89 bilhões de precatórios do teto de gastos no momento em que se exige uma absoluta responsabilidade fiscal? Fica um discurso difícil de ser defendido", disse Pacheco.
Ele rebateu o argumento do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que os precatórios teriam vindo como um "meteoro". Para Pacheco, o valor era imprevisível, mas deveria haver um planejamento antecipado.