Autoridades de diversos países e políticos de oposição se manifestaram, nesta segunda-feira (4), após virem a público as primeiras informações do Pandora Papers, investigação que revelou a existência de contas e empresas offshore em paraísos fiscais relacionadas a 35 líderes e ex-líderes mundiais.
De acordo com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, que liderou a investigação, autoridades e parlamentares de oposição de ao menos nove países já pediram ou anunciaram a abertura de investigações sobre as atividades financeiras descritas. Índia, Paquistão, México, Espanha, Brasil, Sri Lanka, Austrália, Panamá e República Tcheca compõem a lista.
No Reino Unido o premiê Boris Johnson se vê pressionado após os registros do Pandora Papers mostrarem que um dos principais doadores de sua campanha, Mohamed Amersi, assessorou uma transição de suborno envolvendo a filha do presidente do Uzbequistão.
O Ministério das Finanças da Índia afirmou que vai abrir uma investigação para avaliar se existem crimes nas operações atreladas a residentes no país.
No caso brasileiro, em que empresas em paraísos fiscais do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foram reveladas, o governo não se manifestou, mas partidos de oposição pedem investigação do caso.