A CPI da Covid não deve mais ser encerrada na próxima semana, como gostariam senadores governistas e até mesmo integrantes do G7, grupo de parlamentares de oposição e independentes que formam maioria na comissão. Uma parte deles pressionava o senador Renan Calheiros (MDB-AL) a finalizar o relatório da CPI nos próximos dias.
O depoimento, ontem, da advogada Bruna Morato, que representa médicos que trabalharam na Prevent Senior e acusam a operadora de obrigá-los a receitar medicamentos do "kit Covid", no entanto, mudou o clima. "Não encerra", afirmou o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), à coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, depois de questionado se a previsão de encerramento seguiria sendo a próxima semana. Ele afirmou que uma reunião de senadores deve bater o martelo sobre o assunto, mas que a possibilidade é a de que os trabalhos sejam prorrogados. Pelo regimento, a CPI pode funcionar até novembro. Mas a previsão é de que acabe em outubro.
Sobre o depoimento da advogada de médicos da Prevent, Renan afirma que "o caso é um dos mais estarrecedores até aqui. E, o que deu para perceber, a Prevent Senior fez esses experimentos macabros para agradar o presidente Bolsonaro e o ministério da Economia com fraudes, falsificações e experimentos inumanos".