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Política

- Publicada em 21 de Setembro de 2021 às 20:37

Na ONU, discurso de Bolsonaro eleva tensão

Por tradição, presidente do Brasil faz a abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas

Por tradição, presidente do Brasil faz a abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas


/EDUARDO MUNOZ/ POOL/ AFP
O presidente Jair Bolsonaro jogou por água abaixo a tese de diplomatas de que faria um discurso mais sóbrio do que os anteriores na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), sem, desta vez, apelar para sua base. Logo na abertura do discurso, o presidente voltou a insistir na retórico de que seu governo é melhor do que o retratado na imprensa e disse, como fez em 2019, que o Brasil esteve "à beira do socialismo".

O presidente Jair Bolsonaro jogou por água abaixo a tese de diplomatas de que faria um discurso mais sóbrio do que os anteriores na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), sem, desta vez, apelar para sua base. Logo na abertura do discurso, o presidente voltou a insistir na retórico de que seu governo é melhor do que o retratado na imprensa e disse, como fez em 2019, que o Brasil esteve "à beira do socialismo".

Nos cerca de 13 minutos de pronunciamento, ainda atacou governadores e prefeitos por políticas de isolamento social na pandemia, defendeu o chamado "tratamento precoce" - uso de medicamentos sem comprovação de eficácia contra a Covid como hidroxicloroquina e ivermectina - e se colocou contrário a "passaportes de vacinação".

"Venho aqui mostrar o Brasil diferente daquilo publicado em jornais ou visto em televisão. O Brasil mudou e muito depois que assumimos o governo em janeiro de 2019", disse. "O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição, valoriza a família e deve lealdade a seu povo. Isso é muito, se levarmos em conta que estávamos à beira do socialismo."

Ao falar sobre a questão ambiental, Bolsonaro disse que o Brasil tem "grandes desafios" em razão da "dimensão continental" do País. Ele voltou a repetir que o Brasil antecipou de 2060 para 2050 o compromisso de atingir a neutralidade climática, como fizera em abril. Falou da redução nos níveis de desmatamento da Amazônia em agosto e afirmou que isso foi uma consequência do aumento de recursos para fiscalização ambiental. "A pandemia pegou a todos de surpresa em 2020. Sempre defendi combater o vírus e o desemprego de forma simultânea e com a mesma responsabilidade. As medidas de isolamento e lockdown deixaram legado de inflação no mundo todo", afirmou Bolsonaro ao criticar medidas de isolamento e governadores e prefeitos do Brasil.

Ele valorizou o fato de quase 90% da população adulta do Brasil estar vacinada, mas disse ser contra um "passaporte da vacinação". "Apoiamos a vacinação. Contudo o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada a vacina." Bolsonaro defendeu o tratamento precoce contra Covid-19 e disse que ele mesmo usou. "Desde o início, apoiamos a autonomia do médico em busca do tratamento precoce. Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial."

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