Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 21 de Setembro de 2021 às 03:00

Itamaraty quer agenda positiva em discurso de Bolsonaro na ONU

Contra o desgaste internacional, o Itamaraty quer que o presidente Jair Bolsonaro divulgue uma agenda positiva ao discursar hoje na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Contra o desgaste internacional, o Itamaraty quer que o presidente Jair Bolsonaro divulgue uma agenda positiva ao discursar hoje na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Uma das medidas que diplomatas tentam fazer o presidente anunciar é a doação de vacinas contra a Covid-19 para nações da América Latina em piores condições de combate à pandemia, como Paraguai e Haiti, segundo assessores que participam da elaboração do discurso.

Bolsonaro entrou, ontem, pela porta dos fundos do hotel onde está hospedado, em Nova York, enquanto poucos manifestantes contrários o aguardavam com faixas na entrada principal. Não havia apoiadores no local.

Em 2019, última vez que esteve na cidade, Bolsonaro encontrou manifestantes a favor e contra seu governo. Na ocasião, entrou pela porta da frente do mesmo hotel.

Na sua primeira participação na ONU, há dois anos, Bolsonaro estava acompanhado pelo então chanceler Ernesto Araújo e fincou os pés nas bases do bolsonarismo em seu discurso. Desta vez, com o Itamaraty sob comando do chanceler Carlos França e o democrata Joe Biden na presidência dos Estados Unidos, diplomatas tentam convencer Bolsonaro a centrar seu discurso em temas alinhados à agenda de aliados americanos, europeus e da própria ONU.

Os três pilares do discurso serão a diplomacia da saúde, o combate ao desmatamento e a recuperação econômica. Desde o início do seu governo, Bolsonaro foi retratado na imprensa internacional como um líder que ameaça a democracia, os direitos humanos e o meio ambiente. Na pandemia, foi descrito como um negacionista.

Agora, Bolsonaro deve comemorar na frente de líderes internacionais que o País avançou na vacinação mais do que muitas nações ricas e que poderá se tornar um "hub regional" de produção de imunizantes. Integrantes do governo, no entanto, têm dito que França quer um discurso "arroz com feijão", sem apelo à base.

Ontem, Bolsonaro afirmou que seu discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU "vai ser em Braille", sem explicar o que quis dizer com a referência ao sistema de leitura tátil para cegos ou pessoas com baixa visão. O presidente fez a declaração a jornalistas no período da manhã, após o tomar o café da manhã no hotel onde está hospedado em Nova York. Foi a única manifestação pública do presidente desde que desembarcou nos Estados Unidos, na tarde de domingo.

Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO