Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 16 de Setembro de 2021 às 21:53

Tucanos se inscrevem nas prévias do PSDB para a presidência da República

Gaúcho terá como principal adversário o governador de São Paulo, João Dória

Gaúcho terá como principal adversário o governador de São Paulo, João Dória


Governo de São Paulo / Divulgação / JC
Diego Nuñez
A partir deste feriado regional de 20 de setembro, na segunda-feira, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, se tornará oficialmente um pré-candidato do PSDB para a disputa da presidência da República em 2022. Esta é a data em que os interessados em representar o partido na corrida pelo Palácio do Planalto devem ser inscritos nas prévias nacionais tucanas.
A partir deste feriado regional de 20 de setembro, na segunda-feira, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, se tornará oficialmente um pré-candidato do PSDB para a disputa da presidência da República em 2022. Esta é a data em que os interessados em representar o partido na corrida pelo Palácio do Planalto devem ser inscritos nas prévias nacionais tucanas.
A disputa interna pode contar com até quatro candidatos. O governador de São Paulo, João Doria, já está em plena campanha, percorrendo o País para fomentar apoio na base tucana. Por fora, o senador cearense Tasso Jereissati e o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio também podem disputar as prévias. Estes, porém, ainda precisam confirmar seus nomes no dia 20, ao contrário de Doria e Leite, que já confirmaram que concorrerão.
Doria é tido como favorito. Governador da maior economia e maior colégio eleitoral do País, num estado desde 1995 governado pelo PSDB, o empresário nunca escondeu sua vontade de chegar ao Palácio do Planalto. Já Leite tenta representar a renovação de um partido que não atingiu 5% dos votos em 2018 e fazer história como o primeiro gaúcho a concorrer à presidência pelos tucanos.
Os estados, aos poucos, começam a marcar posição. O PSDB de Minas Gerais já declarou apoio ao candidato gaúcho, uma vez que existe rixa entre João Doria e o deputado federal e ex-presidenciável Aécio Neves, uma liderança no estado. Outro apoio importante que pode ser recebido por Leite é do Ceará de Tasso Jereissati, caso este não concorra. A Bahia também fechou com o governador gaúcho.
O Pará irá apoiar Doria, que também tenta unir forças com Arthur Virgílio, que cederia o apoio do Amazonas caso não vá à disputa.
Escolher o melhor candidato para representar a terceira via que fará oposição a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (sem partido) não é o único motivo para realização de prévias. A sigla quer se restabelecer, reencontrar a base, após a derrota nas eleições de 2018.
"Primeiro, queremos construir unidade, e não haveria outro caminho senão a democracia interna. Outro motivo é mobilizar as bases municipais, os prefeitos, vereadores, vice-prefeitos, que nunca foram chamados para participar de uma decisão nacional. Isso gerava falta de vínculo na decisão e levava eles a nos trair. Com Collor, com Lula, com Bolsonaro... porque não havia vínculo. Desta vez, como vão ser decisivos, terão a sensação de pertencimento", declarou o ex-deputado, membro da comissão organizadora das prévias do PSDB nacional, Marcus Pestana.
Outro motivo para as prévias é projetar os candidatos nacionalmente. Arthur Virgílio, Tasso Jereissati, até mesmo Dória, mas principalmente Leite são menos conhecidos do eleitorado brasileiro do que Lula, Bolsonaro e o pré-candidato pelo PDT, Ciro Gomes.
Mesmo que dois dos quatro possíveis pré-candidatos às prévias já estejam percorrendo o Brasil para fomentar a base tucana, a campanha começa oficialmente a partir de 18 de outubro. No dia 19, acontecerá o primeiro debate entre os candidatos, a ser realizado pelo jornal O Globo.
A comissão organizadora das prévias espera receber cerca de 100 mil votos nas eleições internas. A eleição ocorre em 21 de novembro e poderão votar todos que se filiaram ao PSDB até 31 de maio deste ano. Hoje, o partido conta com cerca de 1,3 milhão de filiados.
Haverá quatro grupos distintos na votação, cada um com peso de 25% na disputa. Um grupo será dos filiados - militantes tucanos registrados junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Outro, será composto por prefeitos e vice-prefeitos. Outro grupo conta com vereadores, deputados estaduais e distritais - neste grupo, deputados representam 50% do peso total do grupo e vereadores, os outros 50%. Ainda há um grupo formado por governadores, vice-governadores, ex-presidentes e o atual presidente da Comissão Executiva Nacional do PSDB, senadores da República e deputados federais.
A votação poderá ser feita diretamente pelo celular, através de um aplicativo desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO