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Política

- Publicada em 15 de Setembro de 2021 às 20:59

Lobista reconhece negócios com advogada de Bolsonaro

Depoente fez uso do habeas corpus e se manteve em silêncio várias vezes

Depoente fez uso do habeas corpus e se manteve em silêncio várias vezes


/ROQUE DE SÁ/AGÊNCIA SENADO/JC
O lobista Marconny Albernaz de Faria reconheceu, nesta quarta-feira (15), em depoimento à CPI da Covid, que detém negócios com a advogada Karina Kufa, que representa o presidente Jair Bolsonaro.
O lobista Marconny Albernaz de Faria reconheceu, nesta quarta-feira (15), em depoimento à CPI da Covid, que detém negócios com a advogada Karina Kufa, que representa o presidente Jair Bolsonaro.
O depoente negou diversas vezes que tinha negócios com a advogada. Na última pergunta de senadores a respeito do tema, manteve a versão, mas foi confrontado com mensagens de WhatsApp que indicavam o contrário.
As mensagens constam de inquérito no Ministério Público Federal, cujas informações foram compartilhadas com a CPI. Após ter mantido que não mantinha negócios com Kufa, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ameaçou Marconny de prisão e deu oportunidade para que ele se retratasse.
Marconny então assumiu que mantém os negócios, mas em seguida invocou seu direito ao silêncio. "O senhor esteve muito próximo de ter sido decretada (a prisão). E só não ocorre porque não temos claros os termos do habeas corpus", afirmou Randolfe, referindo-se ao habeas corpus concedido pelo STF.
Os senadores aprovaram, ontem, requerimento de convocação de Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro e mão de um de seus filhos, Jair Renan. 
O requerimento de autoria de Alessandro Vieira (Cidadania-SE) não estava na pauta e foi incluído de última hora. A medida provocou protestos dos governistas.
Senadores da CPI afirmam ter mensagens de conversas entre Ana Cristina e o lobista Marconny Albernaz de Faria, que falou ontem na comissão. As mensagens mostrariam que a ex-mulher de Bolsonaro seria responsável por fazer indicações para cargos no governo.
Questionado sobre o assunto, Marconny exerceu seu direito ao silêncio, por contar com um habeas corpus.
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