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Política

- Publicada em 10 de Setembro de 2021 às 03:00

Famurs declara apoio ao ingresso do Rio Grande do Sul no RRF

Presidente da Famurs, Eduardo Bonotto, na assembleia da Famurs, realizada na 44ª Expointer

Presidente da Famurs, Eduardo Bonotto, na assembleia da Famurs, realizada na 44ª Expointer


/Guilherme Pedrotti/Comunicação Famurs/JC
A Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) deve entregar à Assembleia Legislativa um documento, declarando apoio à adesão do Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A decisão foi tomada na Assembleia-Geral de Prefeitos, realizada pela Famurs na 44ª Expointer, nesta quinta-feira (9). Além do RRF, os prefeitos discutiram a regionalização do saneamento básico e outras pautas.
A Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) deve entregar à Assembleia Legislativa um documento, declarando apoio à adesão do Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A decisão foi tomada na Assembleia-Geral de Prefeitos, realizada pela Famurs na 44ª Expointer, nesta quinta-feira (9). Além do RRF, os prefeitos discutiram a regionalização do saneamento básico e outras pautas.
Cerca de 300 gestores municipais participaram do evento, que ocorreu de maneira híbrida, com participação presencial e virtual. O encontro contou com a presença de prefeitos, vice-prefeitos, secretários, deputados estaduais e federais, senador, além de representantes do governo do Estado. Entre as autoridades, estavam o presidente da Assembleia Legislativa, Gabriel Souza (MDB); o chefe da Casa Civil, Artur Lemos (PSDB); o deputado federal Alceu Moreira (MDB); e o senador Luiz Carlos Heinze (PP).
Durante a assembleia, o subsecretário estadual do Tesouro, Bruno Jatene, fez uma apresentação sobre as vantagens do ingresso no RRF. Na oportunidade, ele realizou uma apresentação sobre a situação financeira do Estado, cujo passivo alcançaria R$ 98 bilhões – incluindo não só a dívida com a União, mas também precatórios, saques dos depósitos judiciais, e outras rubricas.
Um dos maiores benefícios do RRF incidiria sobre a dívida do Estado com a União – que gira em torno de R$ 63 bilhões. Trata-se da retomada gradual do pagamento das parcelas mensais, que, ao longo de 10 anos, aumentariam gradualmente, até chegar ao valor integral de cerca de R$ 300 milhões por mês.
Atualmente, o Estado não paga as parcelas, por força de uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF). O governo teme que a liminar caia e o governo tenha que voltar a pagar abruptamente as parcelas. Tudo o que o Estado deixou de pagar até agora (R$ 15 bilhões), mais o que deixar de pagar durante a vigência do RRF, será acumulado no estoque da dívida.
Para o presidente da Famurs, a adesão ao RRF pode ser um primeiro passo para sanar a dívida com a União. Conforme dados da Secretaria Estadual da Fazenda, o contrato com a União, em 1998, foi no valor de R$ 9,56 bilhões. O Estado já pagou R$ 37,11 bilhões à União. Apesar disso, em 31 de dezembro de 2018, o Rio Grande do Sul ainda devia R$ 63 bilhões.
“Foi aprovado em assembleia geral (o envio do documento favorável ao RRF), porque sabemos da importância da adesão ao regime para o presente e futuro do nosso Estado. É uma dívida que é eternamente impagável, uma conta que nunca acaba. Então, precisamos dar um passo à frente, apara olharmos a questão fiscal do nosso Estado, que acaba refletindo nos municípios”, ponderou o presidente da Famurs, Eduardo Bonotto (PP).
Quanto à regionalização do saneamento, o presidente da Famurs considera um avanço o projeto apresentado pelo presidente da Assembleia. A proposta prevê a divisão dos 497 municípios gaúchos em dois blocos: um contempla os 307 municípios que possuem contratos com a Corsan; e o outro, os municípios que não são atendidos pela companhia. Além disso, o projeto dá mais poder aos municípios dentro da gestão de cada bloco, leva em conta bacias hidrográficas, entre outras novidades. Os projetos do Executivo preveem a divisão em quatro blocos: um com os municípios atendidos pela Corsan, e outros três englobando as demais cidades gaúchas.
“(Com o projeto da Assembleia) já se avança. Quando o governo abriu o diálogo, já teve a apresentação desse projeto, por parte da Assembleia. Vamos contribuir ainda mais, para chegarmos a um projeto que contemple a todos. Temos que agir com a razão e não com a emoção”, ponderou Bonotto.
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