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Política

- Publicada em 06 de Setembro de 2021 às 08:28

CPI da Covid quer saber se governo e CBF negociaram liberação de argentinos

Jogo pelas Eliminatórias da Copa foi suspenso no domingo após cinco minutos do primeiro tempo

Jogo pelas Eliminatórias da Copa foi suspenso no domingo após cinco minutos do primeiro tempo


Lucas Figueiredo/CBF/Divulgação/JC
Agência Estado
O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou neste domingo que vai enviar um requerimento à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para saber com quem a entidade fez "acordo" para burlar as regras sanitárias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A CPI quer saber se o governo federal e a CBF negociaram a liberação dos jogadores argentinos no Brasil.
O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou neste domingo que vai enviar um requerimento à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para saber com quem a entidade fez "acordo" para burlar as regras sanitárias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A CPI quer saber se o governo federal e a CBF negociaram a liberação dos jogadores argentinos no Brasil.
O jogo entre Brasil e Argentina, pela sexta rodada das Eliminatórias, foi suspenso após quatro atletas argentinos - Emiliano Martinez, Emiliano Buendia, Giovani Lo Celso e Cristian Romero - descumprirem regras sanitárias determinadas pela Anvisa e entrarem em campo. Aos cinco minutos do primeiro tempo, agentes da Anvisa entraram em campo e pararam o jogo em razão da presença dos jogadores (três deles titulares, Buendia ficou como reserva).
"Vamos enviar requerimento à CBF, através da CPI da Pandemia, solicitando resposta para o seguinte: com quais autoridades o governo brasileiro fez 'acordo' para burlar as regras sanitárias da Anvisa?", afirmou Randolfe.
A Anvisa afirmou, em nota, que na tarde de sábado (4), em reunião com representantes da Conmebol, da CBF e da delegação argentina, recomendou a quarentena dos quatro jogadores argentinos. Os atletas prestaram informações falsas e descumpriram uma portaria da agência que estabelece que viajantes estrangeiros que tenham passagem, nos últimos 14 dias, pelo Reino Unido, África do Sul, Irlanda do Norte e Índia, estão impedidos de ingressar no Brasil como precaução contra a disseminação da Covid-19.
Segundo o jornal O Globo, cartolas da CBF e da Conmebol informaram nesta reunião que estavam em conversas com o governo brasileiro para conseguir a liberação dos jogadores. Não disseram, porém, com quem estariam conversando.
Na chegada ao Brasil, na sexta-feira (3), os jogadores afirmaram não terem passado por nenhum dos quatro locais, uma informação falsa. Os quatro atletas atuaram em partidas do Campeonato Inglês entre os dias 28 e 29 de agosto. Martinez e Buendía jogam pelo Aston Villa, enquanto Lo Celso e Romero integram o elenco do Tottenham. A entrada deles no Brasil foi considerada ilegal.
A Anvisa informou que, na manhã deste domingo (5), acionou a Polícia Federal para que fossem adotadas providências imediatas. "A Anvisa perseguiu, desde o primeiro momento, o cumprimento à legislação brasileira, que, nesse caso, se restringia à segregação dos quatro jogadores envolvidos e a adoção das medidas sanitárias", afirmou a agência.
"Desde o instante em que tomou conhecimento da situação irregular dos jogadores - no mesmo dia da chegada da delegação - a Anvisa comunicou o fato às autoridades brasileiras em saúde, por meio do CIEVS - o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde."
A Anvisa informou que "a decisão de interromper o jogo nunca esteve, nesse caso, na alçada de atuação da agência". "Contudo, a escalação de jogadores que descumpriram as leis brasileiras e as normas sanitárias do País, e ainda que prestaram informações falsas às autoridades, essa assim, sim, exigiu a atuação da Agência de estado, a tempo e a modo."
Em nota, na hora do jogo, o Ministério da Saúde afirmou que apoia as recomendações do órgão em relação aos jogadores argentinos. "O Ministério da Saúde informa que apoia e reconhece as recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autoridade em saúde responsável pelas ações de vigilância sanitária do país."
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