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Política

- Publicada em 26 de Julho de 2021 às 19:49

Bolsonaro, sobre Ciro Nogueira: Se for julgado e condenado, afasto do meu governo

Segundo o presidente, sem o apoio do centro, o governo não seria capaz de aprovar nada na Câmara com os pouco menos de 300 votos restantes

Segundo o presidente, sem o apoio do centro, o governo não seria capaz de aprovar nada na Câmara com os pouco menos de 300 votos restantes


Ciro Nogueira/Divulgação/JC
Agência Estado
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 26, que caso o senador Ciro Nogueira (PP-PI) seja julgado e condenado em qualquer uma das ações em que é réu, será afastado do governo. O presidente indicou na semana passada que Ciro deverá assumir a Casa Civil do governo no lugar do atual ministro Luiz Eduardo Ramos. Entre as denúncias, Nogueira é réu no caso do Quadrilhão do PP, aceito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2019 e investigado pela PF em outros supostos envolvimentos em esquemas de propina.
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 26, que caso o senador Ciro Nogueira (PP-PI) seja julgado e condenado em qualquer uma das ações em que é réu, será afastado do governo. O presidente indicou na semana passada que Ciro deverá assumir a Casa Civil do governo no lugar do atual ministro Luiz Eduardo Ramos. Entre as denúncias, Nogueira é réu no caso do Quadrilhão do PP, aceito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2019 e investigado pela PF em outros supostos envolvimentos em esquemas de propina.
À rádio Arapuan, da Paraíba, Bolsonaro reforçou que se ele for afastar do seu convívio os parlamentares que são réus ou que têm inquéritos abertos, perderia quase metade do Parlamento. "Tenho que governar com quem o povo mandou para cá." "Acho que todos nós só somos culpados depois da sentença transitada em julgado", disse Bolsonaro ao lembrar do caso em que é réu por injúria e apologia ao crime de estupro contra a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS).
Segundo o presidente, sem o apoio dos partidos de centro, o governo não seria capaz de aprovar nada na Câmara com os pouco menos de 300 votos restantes, principalmente propostas de emenda à Constituição, as quais dependem do voto afirmativo de três quintos da Casa, ou 308 deputados. "Temos que nos aproximar do maior número de partidos que possam trazer apoio para a gente poder governar. Poder ter voto dentro do Parlamento. O Centrão é nome pejorativo de vários partidos de centro, que têm sido úteis para nós aprovarmos muita coisa", afirmou Bolsonaro, que citou o reajuste ao Bolsa Família como proposta que depende do apoio do grupo.
Sobre as promessas de campanha em 2018, de que não governaria com os partidos de centro, e pela aparente proximidade com a estratégia utilizada durante governos do PT em busca de apoio no Congresso, Bolsonaro disse que há uma "grande diferença". "Eles, Lula e Dilma, distribuíram estatais para os partidos políticos. A Petrobras, os Correios, o BNDES, a Caixa Econômica, Banco do Brasil. Nada disso está nas mãos de políticos no meu governo. Então há uma diferença enorme entre o que Lula e Dilma fizeram no passado e o que eu faço agora." Apesar da fala sobre distribuição de cargos, Bolsonaro ressaltou que, entre os ministérios, os ministros das pastas mais importantes continuam sendo escolhidos por critério técnico.
O presidente também disse que nenhum partido irá influenciar a sua decisão de veto ou não ao aumento do fundo eleitoral, de R$ 2 bilhões na última eleição, para R$ 5,7 bilhões, segundo proposta de previsão orçamentária. Mais cedo, Bolsonaro disse que seu veto ao Fundo Eleitoral se aplica apenas à parcela deste montante que excede o valor da verba destinada às campanhas dos partidos para o pleito de 2020 reajustado pela inflação.
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