Centenas de manifestantes saíram às ruas de Porto Alegre neste sábado (24) para protestar contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). É o
quarto ato em escala nacional convocado por sindicatos, movimentos sociais e partidos de esquerda. A concentração ocorreu no entorno do Largo Glênio Peres, com caminhada que iniciou por volta das 15h50min. O trajeto seguiu direção oposta do
terceiro protesto, que se deu na Orla do Gasômetro no dia 3 de julho, mas também foi finalizado no Largo da Epatur.
Já dobrando a esquina da avenida Venâncio Aires, percebia-se que a manifestação se estendia ao longo de toda a avenida João Pessoa até a esquina da avenida Salgado Filho. No caminhão de som, a vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Rio Grande do Sul (CTB-RS), Silvana Conti, afirmou que a expectativa de público era de 100 mil pessoas. Até o fechamento desta reportagem, a Brigada Militar não tinha estimativa do número de pessoas no ato.
Além do impeachment de Bolsonaro, os manifestantes pediam a investigação pela denúncia de recebimento de propina na compra de vacinas contra a Covid-19. Pedidos de greve geral dos trabalhadores também foram entoados.
Uma estátua de touro branco vestindo uma réplica da faixa presidencial foi colocada em frente à Prefeitura. Com caneta vermelha, manifestantes escreviam palavras de repúdio como "fascista" e "genocida".
Estátua de touro branco vestindo uma réplica da faixa presidencial foi colocada em frente à Prefeitura
"O projeto do Bolsonaro é o projeto do genocídio", afirmou a deputada estadual Luciana Genro (Psol) durante o ato. Em sua fala, o presidente do Partido dos Trabalhadores no RS (PT-RS), Paulo Pimenta, fez críticas ao ex-ministro Sérgio Moro e repudiou a crise econômica e sanitária que o país enfrenta. "O povo quer vacina no braço, quer comida no prato. O povo quer emprego", ressaltou.
A expectativa dos organizadores é que os protestos tenham ocorrido em pelo menos 496 municípios brasileiros e 17 países do exterior. Capitais como Rio de Janeiro, Salvador, Recife, São Luís e Teresina realizaram manifestações pela manhã e a capital gaúcha, São Paulo e Brasília, à tarde.