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Política

- Publicada em 24 de Julho de 2021 às 13:02

Pela quarta vez, manifestantes voltam a promover atos contra Bolsonaro pelo País

Cartazes marcam crítica à gestão da pandemia no governo Bolsanaro

Cartazes marcam crítica à gestão da pandemia no governo Bolsanaro


LUIZA PRADO/JC
Manifestantes se reuniram em protestos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na manhã deste sábado (24), em capitais como Rio de Janeiro, Salvador, Recife, São Luís e Teresina. Os protestos fazem parte de uma série de manifestações pelo impeachment do presidente realizadas nos últimos dois meses com organização de sindicatos, movimentos sociais e partidos de esquerda.
Manifestantes se reuniram em protestos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na manhã deste sábado (24), em capitais como Rio de Janeiro, Salvador, Recife, São Luís e Teresina. Os protestos fazem parte de uma série de manifestações pelo impeachment do presidente realizadas nos últimos dois meses com organização de sindicatos, movimentos sociais e partidos de esquerda.
A expectativa dos organizadores é que sejam realizados, ao longo deste sábado, protestos em 496 cidades, incluindo 17 países do exterior. Porto Alegre, São Paulo e Brasília terão manifestações durante a tarde.
Em Salvador, a chuva fina não espantou os manifestantes que compareceram em número semelhante aos protestos anteriores e saíram em passeata entre o Campo Grande e a praça Municipal.
Estudantes universitários, secundaristas, sindicalistas e militantes de partidos de esquerda deram o tom do protesto, que foi puxado por um trio elétrico e ao menos cinco carros de som de menor porte.
A atuação do presidente Jair Bolsonaro na pandemia foi o principal mote das manifestações, que também tiveram apresentações artísticas de grupos de teatro e de percussão.
Mas também houve lugar para defesa da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência. Um grupo minoritário de militantes do PDT empunhava uma faixa com a foto de Ciro Gomes, também pré-candidato ao Planalto.
Sindicalistas criticaram a reforma administrativa que tramita no congresso e um grupo de servidores dos Correios se manifestou contra a privatização da estatal. Eles carregavam um caixão com as fotos do ministro Paulo Guedes (Economia) e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), acompanhados por um carro de som que tocava a música Astronomia, de Tony Igy, que viralizou com o meme do caixão.
Também marcaram presença no protesto militantes do movimento negro, LGBTQIA+, torcidas organizadas do Bahia e do Vitória, além de um grupo de evangélicos que se manifestava contra Bolsonaro.
Ainda houve faixas contra o embargo dos Estados Unidos à Cuba, país que vem enfrentado uma onda de protestos em várias cidades contra o governo.
No Rio de Janeiro, manifestantes percorreram a avenida Presidente Vargas, na região central do Rio. O ato teve como principal foco o pedido de impeachment do presidente. Gritos de "Fora, genocida" marcam o protesto. Os militares e partidos do Centrão, que deve ganhar ainda espaço no governo com a nomeação do senador Ciro Nogueira (PP-PI) na Casa Civil, também são alvos de críticas dos manifestantes. Houve ainda cobranças por mais vacinas contra a Covid-19.
O deslocamento começou nas proximidades do Monumento Zumbi dos Palmares, por volta das 10h. A caminhada segue em direção à Candelária, em um trajeto de cerca de dois quilômetros. A maioria dos manifestantes usa máscaras, mas há registro de aglomerações. Na sexta-feira (23), a prefeitura do Rio suspendeu a aplicação da primeira dose da vacina contra o coronavírus em razão da falta de imunizantes.
Líderes de movimentos e entidades se revezam em discursos contra Bolsonaro em um carro de som na capital fluminense. A crítica a privatizações, defendidas pelo Ministério da Economia, também aparece nos discursos. Há alguns manifestantes com bandeiras ou camisetas de partidos como o PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva.
O movimento faz parte de uma nova onda de protestos contra Bolsonaro, agendada no País por movimentos sociais e centrais sindicais. A convocação anterior havia ocorrido no último dia 3. O Rio teve outro ato no dia 13, com registro de confusão entre manifestantes e Polícia Militar.
O retorno às ruas, três semanas depois de uma data extra convocada para pegar carona na temperatura das primeiras denúncias de corrupção na compra de vacinas pelo governo federal, ocorre em um momento de ceticismo sobre o impeachment, representado nos atos pela bandeira "fora, Bolsonaro".
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