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Política

- Publicada em 09 de Julho de 2021 às 12:31

Santana diz que havia muito erro de grafia na primeira 'invoice'

William Santana, consultor técnico do Ministério da Saúde, depõe nesta sexta (9)

William Santana, consultor técnico do Ministério da Saúde, depõe nesta sexta (9)


TV Senado/Reprodução/JC
Agência Estado
O consultor técnico Willian Santana relatou que verificou uma série de erros e inconsistências nas informações enviadas pela Precisa Medicamentos ao Ministério da Saúde na compra da vacina indiana Covaxin. O contrato é investigado pela CPI da Covid. Os senadores suspeitam de um esquema de corrupção no Ministério da Saúde para a compra das doses produzidas pelo laboratório indiano Barath Biontech.
O consultor técnico Willian Santana relatou que verificou uma série de erros e inconsistências nas informações enviadas pela Precisa Medicamentos ao Ministério da Saúde na compra da vacina indiana Covaxin. O contrato é investigado pela CPI da Covid. Os senadores suspeitam de um esquema de corrupção no Ministério da Saúde para a compra das doses produzidas pelo laboratório indiano Barath Biontech.
Em sua fala inicial na comissão, Santana esclareceu que é consultor técnico da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e desenvolve uma atividade na Divisão de Importação do Departamento de Logística em Saúde do ministério. Ele detalhou o recebimento de três invoices (espécie de faturas para negociações internacionais) da Precisa com informações inconsistentes com o contrato assinado no Ministério da Saúde. Até a terceira versão, ainda havia inconsistências, de acordo com ele.
Os documentos foram enviados pela empresa para William e outros contatos do Ministério da Saúde entre os dias 16 e 24 de março. No primeiro contato, a Precisa encaminhou apenas o contrato assinado. A primeira invoice chegou no dia 18, com erros. Ele afirmou ter acionado, no dia 22 de março, a fiscal do contrato, Regina Célia, apontando divergências.
A quantidade de doses para o primeiro embarque estava menor e o documento trazia o nome de uma empresa que não fazia parte do contrato assinado, conforme o depoimento. "Eu liguei para a fiscal do contrato e relatei a divergência da quantidade e a divergência da empresa. Eu já havia mandando um e-mail falando da data", relatou. "Estava fazendo vários processos ao mesmo tempo. Eu acompanho o andamento de outros contratos, esse foi apenas mais um naquele dia corrido."
Além disso, o servidor verificou outros erros que chamaram atenção, até mesmo no nome do Ministério da Saúde. Também não havia, de acordo com Santana, descrição sobre o porto pelo qual chegaria a vacina, além da ausência de detalhes com o peso bruto e líquido da carga e a descrição de armazenamento e transporte.
Na segunda invoice, outra inconsistência: a previsão de pagamento antecipado pelas doses, o que não estava previsto no contrato. Na terceira versão, enviada no dia 23, ainda havia erros. A descrição da carga no documento estava compatível com o transporte marítimo, sendo que a vacina seria enviada por avião.
De acordo com o técnico, a representante da Precisa, Emanuela Medrades, se prontificou em corrigir as informações, mas, em todas as versões enviadas, ainda havia erros. O relator, Renan Calheiros (MDB-AL), chamou atenção para as informações nos documentos. "O nome disso não é erro. É golpe", declarou Renan.
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