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Política

- Publicada em 24 de Junho de 2021 às 20:37

Vereador de Porto Alegre é um dos absolvidos por organizar atos de junho de 2013

Vereador de Porto Alegre, Matheus Gomes é um dos absolvidos

Vereador de Porto Alegre, Matheus Gomes é um dos absolvidos


CMPA/DIVULGAÇÃO/JC
A Justiça do Rio Grande do Sul absolveu por falta de provas sete manifestantes que lideraram protestos em junho de 2013 em Porto Alegre. A decisão é da juíza Eda Salete Zanatta de Miranda, da 9ª Vara Criminal de Porto Alegre. A reportagem teve acesso à decisão, que mostra que os próprios policiais que atuaram nos protestos divergem sobre ter ou não havido participação dos manifestantes em depredações ou se eram adeptos da tática black bloc, que prevê vandalização de instituições públicas, por exemplo.
A Justiça do Rio Grande do Sul absolveu por falta de provas sete manifestantes que lideraram protestos em junho de 2013 em Porto Alegre. A decisão é da juíza Eda Salete Zanatta de Miranda, da 9ª Vara Criminal de Porto Alegre. A reportagem teve acesso à decisão, que mostra que os próprios policiais que atuaram nos protestos divergem sobre ter ou não havido participação dos manifestantes em depredações ou se eram adeptos da tática black bloc, que prevê vandalização de instituições públicas, por exemplo.
Das 27 pessoas citadas na sentença e que depuseram para o esclarecimento dos fatos, apenas quatro relataram ter visto algum dos manifestantes cometendo delitos. Todos eram policiais. Entre as pessoas que depuseram e relataram não ter visto nenhuma ilegalidade associada aos ativistas, há seis agentes de segurança - guardas civis, policiais civis e policiais militares.
O policial militar Leonardo Teixeira Vieira, que na ocasião foi designado para acompanhar os protestos de 2013 e que trabalhava na inteligência da Brigada Militar, relata, segundo o texto, que "em nenhum momento constatou que os réus teriam praticado atos contra o patrimônio público, apenas verificou que eles eram líderes políticos dos movimentos".
O próprio autor do inquérito policial, o delegado Marco Antônio Duarte de Souza, é impreciso. Segundo o texto, ele "apurou que os acusados participavam de movimentos de militância política e que atuavam em conjunto com 'black blocs'. No entanto, eles não participaram das ações de vandalismo ocorridas durante os protestos".
Os manifestantes investigados eram membros do Bloco de Lutas pelo Transporte Público, grupo amplamente citado no inquérito, ao qual a reportagem teve acesso. Um dos membros do grupo, Matheus Gomes (PSOL), foi o quinto vereador mais votado de Porto Alegre em 2020. Ele é um dos absolvidos.
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