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Política

- Publicada em 27 de Maio de 2021 às 20:57

'Terceira dose' será necessária, projeta diretor do Butantan

Covas atribui atraso no calendário de imunização à interferência do governo federal

Covas atribui atraso no calendário de imunização à interferência do governo federal


JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO/JC
Em depoimento à CPI da Covid, o diretor do Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta quinta-feira (27) que enxerga a necessidade de uma dose de reforço para todas as vacinas contra a Covid-19, principalmente em razão das variantes da doença que circulam atualmente.
Em depoimento à CPI da Covid, o diretor do Butantan, Dimas Covas, afirmou nesta quinta-feira (27) que enxerga a necessidade de uma dose de reforço para todas as vacinas contra a Covid-19, principalmente em razão das variantes da doença que circulam atualmente.
"Sobre terceira dose: tenho chamado de dose de reforço. Isso será necessário para todas as vacinas, não só em relação a duração da imunidade, mas também em relação as variantes, que colocam dificuldade maior para as vacinas", disse em resposta a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que o questionou sobre a eficiência das duas doses de Coronavac. "Uma dose adicional já com as variantes já está sendo pesquisada inclusive pelo Butantan, que já incorpora variante P1 nos estudos, inclusive com a Butanvac", relatou o diretor.
Covas ainda explicou que o prazo de 28 dias para a segunda dose da Coronavac é o "ideal" para completar o esquema vacinal. Ele informou, no entanto, que se a segunda dose for tomada posteriormente, não há prejuízo, só uma demora para a completa proteção.
Covas afirmou ainda que em razão da demora no recebimento de insumos, 7 milhões de doses previstas inicialmente dentro do pacote de vacinas a serem entregues em maio não poderão ser fornecidas neste mês. Segundo ele, o problema relativo a matéria-prima parou a produção da Coronavac por cerca de um mês.
"Tínhamos o compromisso de entregar 12 milhões de doses em maio e já entregamos 5 milhões. A produção foi retomada e vamos entregar 6 milhões de doses a partir de 12 de junho, então houve 7 milhões de doses que poderiam ter sido entregues ainda em maio, de acordo com o cronograma inicial."
Dimas Covas ainda contrariou a versão do ex-ministro Eduardo Pazuello, de que as declarações do presidente Jair Bolsonaro contra a Coronavac não teriam influenciado as negociações. Segundo o diretor do Butantan, as conversações com o Ministério da Saúde sobre a compra do imunizante "não prosseguiram" em razão da manifestação do presidente, que desautorizou Pazuello publicamente sobre a aquisição da vacina.
Segundo ele, até o episódio, as tratativas com o Ministério da Saúde em outubro transcorriam bem. A proposta envolvia 100 milhões de doses. No entanto, no dia seguinte ao anúncio do ministério sobre a aquisição da vacina, as conversas tomaram outro rumo e ficaram paralisadas.
 
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