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Política

- Publicada em 25 de Maio de 2021 às 14:48

Saúde orientou dose de cloroquina 4 vezes menor do que a adotada em Manaus, diz Mayra

Mayra reclamou ainda sobre o 'policiamento ideológico' que acontece ao redor dos medicamentos

Mayra reclamou ainda sobre o 'policiamento ideológico' que acontece ao redor dos medicamentos


JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO/JC
Agência Estado
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, afirmou nesta terça-feira (25) que seu trabalho à frente do Pasta com relação ao uso da cloroquina foi para disponibilizar uma "orientação segura" sobre o uso do medicamento. Segundo ela, a orientação do Ministério da Saúde surgiu em um contexto em que 22 pacientes em Manaus foram a óbito pelo uso de quantidades "tóxicas" de cloroquina.
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, afirmou nesta terça-feira (25) que seu trabalho à frente do Pasta com relação ao uso da cloroquina foi para disponibilizar uma "orientação segura" sobre o uso do medicamento. Segundo ela, a orientação do Ministério da Saúde surgiu em um contexto em que 22 pacientes em Manaus foram a óbito pelo uso de quantidades "tóxicas" de cloroquina.
Mayra afirmou que, com medo de "prevaricar" a situação que ocorreu em Manaus, e evitar que ela acontecesse no resto do País, o Ministério da Saúde lançou uma nota sobre o uso do medicamento. Segundo ela, o fármaco estava sendo usado em quantidades "tóxicas", quatro vezes maior que o preconizado, e a nota do ministério surgiu na tentativa de corrigir isso.
Mayra também afirmou que este uso excessivo do medicamento foi o responsável pela "imputação" de crime ao fármaco, dizendo que ele teria feito parte da "estigmatização" do medicamento. Mayra reclamou ainda sobre o "policiamento ideológico" que acontece ao redor dos medicamentos.
Segundo a secretária, não existem levantamentos que permitam analisar o impacto do uso do remédio no número de óbitos porque médicos e prefeituras "escondem" a adoção do medicamento por conta desse "policiamento".

Mayra diz que hidroxicloroquina tem evidencia antiviral

No depoimento, Mayra e o senador e médico Otto Alencar (PSD-BA) entraram em uma discussão sobre as aplicações da cloroquina. O ponto do debate foi sobre se o fármaco tem ou não efeito antiviral.
Enquanto Mayra disse que existem publicações científicas atestando o efeito desde 2005, o senador Alencar, no entanto, afirmou que o medicamento é um antiparasitário. Segundo ele, não existe nenhuma medicação entre as defendidas por Mayra que possa evitar a contaminação por um vírus.
Otto reforçou sua avaliação questionando a secretária se existe alguma medicação para tratar o sarampo. A resposta foi negativa e o senador ressaltou que o único tratamento para a doença é a vacina. Otto continuou, questionando que tratamentos existem para doenças como a varíola, paralisia infantil e H1N1.
Todas tiveram a mesma resposta: apenas a vacinação. "Como é que inventaram agora que hidroxicloroquina pode evitar que a pessoa se contamine do coronavírus? É um absurdo", afirmou, dizendo que não existem estudos para comprovar a ação antiviral do medicamento.
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