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Política

- Publicada em 25 de Maio de 2021 às 00:00

Leite descarta ser 'coadjuvante' na sucessão presidencial em 2022

'O Brasil precisa de um centroavante, ou seja, do Centro para a frente', definiu o governador gaúcho

'O Brasil precisa de um centroavante, ou seja, do Centro para a frente', definiu o governador gaúcho


ITAMAR AGUIAR/PALÁCIO PIRATINI/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello
Cogitado como um dos nomes para liderar uma candidatura de centro à disputa pela presidência da República nas eleições de 2022, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), revela pouca simpatia por "ser coadjuvante" em uma chapa majoritária, na condição de vice, reagindo a provocações de grupos ligados a Ciro Gomes (PDT), outro nome que se apresentou à corrida presidencial. 
Cogitado como um dos nomes para liderar uma candidatura de centro à disputa pela presidência da República nas eleições de 2022, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), revela pouca simpatia por "ser coadjuvante" em uma chapa majoritária, na condição de vice, reagindo a provocações de grupos ligados a Ciro Gomes (PDT), outro nome que se apresentou à corrida presidencial. 
"Para ser coadjuvante na chapa, parece ser menos interessante. Prefiro atuar nos bastidores ajudando a construir as soluções", admitiu Leite, em entrevista em vídeo ao quadro #JCExplica e para a publicação do especial do Dia da Indústria do Jornal do Comércio, em que traçou planos, como lançar um programa de investimentos públicos no Estado ainda em junho. Parte do plano dependerá do aporte da venda de estatais, admitiu o chefe do Piratini.
O governador foi provocado recentemente para ser vice de Ciro em eventual coligação. "O (ex)deputado Ciro Gomes vai para a sua quarta candidatura à presidência. Ele tem toda a legitimidade para se apresentar. Temos disposição de sentar e conversar dentro de um campo do Centro", comentou o tucano, que garantiu: "Não conversamos sobre a composição de chapas ainda".
Leite disse que trabalha menos com a perspectiva de ser vice porque "temos muitas colheitas para fazer do nosso mandato ao longo de 2022", justificou.
"Estou disposto a ajudar na construção de um projeto nacional. Se for para liderá-lo, parece fazer mais sentido a renúncia ao mandato que teria de fazer para concorrer", arremata o tucano, adiantando que não estar em uma composição nacional não vai significar "trabalhar menos na chapa".
"Pretendo me engajar como agente político no ano que vem para ajudar em uma candidatura de centro", reforçou o governador, citando que o foco deve ser fazer frente à polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o petista e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve o caminho livre para concorrer, após decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os processos da Operação Lava Jato. Lula já desponta à frente do atual presidente em pesquisas eleitorais recentes.
Sobre as chances de composição, o tucano adiantou que está disposto a conversar e qualificou como ainda incipientes as discussões até mesmo em seu partido. Leite, porém, mandou um recado para virtuais candidatos que não abrem mão da titularidade: 
"Não se pode ir a uma eleição como esta obcecado por um projeto pessoal, pois não é sobre isso, mas sobre um projeto para o País", acredita o gaúcho de Pelotas, com 36 anos. Para o governador gaúcho, é preciso "entender que candidatura melhor consegue se conectar com o sentimento do eleitor".
"Se entenderem que possa ser eu, estarei à disposição. Se avaliarem que há caminho melhor, não serei obstáculo para construir consensos, pois se trata de trazer o Brasil de volta à sobriedade, sensatez e equilíbrio e para cicatrizar feridas e não para abrir novas", listou Leite.
Convicto sobre não ser candidato à reeleição no Piratini, o tucano e nome mais forte dentro do PSDB, que obtém apoio das principais lideranças nacionais da sigla, ressalta que quer ajudar para construir "uma opção de Centro viável, não um simples Centro, no meio do caminho entre dois campos políticos".
"O Brasil precisa de um centroavante, ou seja, do Centro para a frente. Não é puxar de um lado ou para outro", encaixa o governador, que conduz uma plataforma de privatizações e reformas no Estado. Pensando em um projeto para o País, Leite elenca as ideias que costumam pautar sua gestão no governo estadual.
"O Estado precisa ser eficiente, moderno e mais enxuto, reduzir as despesas com reformas importantes para dentro da máquina, ter firmeza no combate à criminalidade e nas ações de segurança pública", enumera, para logo engatar o front socialdemocrata, com governo que precisa ter "sensibilidade social", ativando programas de inclusão e de transferência de renda, ações na cultura, educação, saúde e outras áreas sociais, "que não são ações inconciliáveis".
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