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Política

- Publicada em 20 de Maio de 2021 às 21:37

'Não comprei nenhum grama de cloroquina', diz Pazuello à CPI

Em segundo dia, maioria das perguntas a Pazuello (e) foram referentes a colapso de Manaus

Em segundo dia, maioria das perguntas a Pazuello (e) foram referentes a colapso de Manaus


Edilson Rodrigues/Agência Senado/ Divulgação/ JC
Em depoimento à CPI da Covid, nesta quinta-feira, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou que discorda do presidente Jair Bolsonaro em algumas questões. Também acrescentou que as ações do presidente não mudaram a sua visão e nem suas ações a frente do ministério, embora reconheça que têm impacto imensurável. "A posição do presidente ou outros ministros são deles, é juízo de valor deles. Há impacto? Isso é imensurável, é incalculável", afirmou.
Em depoimento à CPI da Covid, nesta quinta-feira, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou que discorda do presidente Jair Bolsonaro em algumas questões. Também acrescentou que as ações do presidente não mudaram a sua visão e nem suas ações a frente do ministério, embora reconheça que têm impacto imensurável. "A posição do presidente ou outros ministros são deles, é juízo de valor deles. Há impacto? Isso é imensurável, é incalculável", afirmou.
"As ações dele não mudaram a minha visão. Se aconteceu em outro nível do ministério, foi sem a minha autorização. Eu não concordo com isso. Não comprei nenhum grama de hidroxicloroquina, não fomentei o uso", completou, afirmando que apenas distribuiu o medicamento que foi pedido.
A sequência do depoimento do ex-ministro à CPI da Covid nesta quinta-feira (20) reforçou as acusações de omissão do governo federal para enfrentar o colapso do sistema de saúde em Manaus, durante a primeira e a segunda ondas da pandemia do novo coronavírus.
O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), também solicitou que um relatório parcial das investigações seja concluído pelo relator, o senador Renan Calheiros (MDB-AL). No dia anterior, o general tentou blindar Bolsonaro, reagiu algumas vezes a Renan, relator da comissão, e foi contestado por faltar com a verdade em ao menos quatro oportunidades sobre sua gestão.
Nesta quinta (20), o depoimento de Pazuello foi retomado, após ter sido suspenso no dia anterior para que fosse realizada sessão do Senado com votação de projetos. Grande parte das questões abordadas na segunda etapa do depoimento foram referentes ao colapso em Manaus. 
Pazuello afirmou, por exemplo, que a decisão de não intervir na saúde amazonense em abril do ano passado não foi dele, e sim tomada em uma reunião ministerial, com a presença de Bolsonaro. "Essa decisão não era minha. Ela foi levada ao conselho de ministros, e foi decidido, nesse conselho, que não haveria (a intervenção)."
Em relação à crise posterior no Amazonas, em janeiro deste ano, Pazuello se eximiu de responsabilidades pelos problemas, principalmente pela falta de oxigênio, que resultou na morte de pessoas asfixiadas. O general disse que a responsabilidade pela aquisição dos insumos e suprimento dos cilindros era do governo local e também das empresa fornecedora.
Outro assunto alvo da CPI foi o aplicativo criado pelo governo que receitava hidroxicloroquina até para bebês e é um dos pontos mais polêmicos da gestão Pazuello, sendo um dos motivos pelo qual é alvo de inquérito. Ele afirmou que o aplicativo TrateCov foi divulgado ainda em fase de protótipo e que depois acabou hackeado, sendo colocado indevidamente no site do Ministério da Saúde.
Pazuello explicou que um hacker roubou a plataforma e depois incluiu na rede digital do governo. "O hacker é tão bom que ele conseguiu colocar o aplicativo em uma matéria na TV Brasil", ironizou Aziz, citando que o aplicativo foi anunciado em evento oficial em Manaus. 
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