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Política

- Publicada em 19 de Maio de 2021 às 22:12

À CPI, Pazuello ajusta discurso sobre crise em Manaus

Eduardo Pazuello passou mal e retomará depoimento na comissão nesta quinta-feira (20)

Eduardo Pazuello passou mal e retomará depoimento na comissão nesta quinta-feira (20)


/JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO/DIVULGAÇÃO/JC
O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello precisou ajustar seu discurso sobre a crise no Amazonas, após ser confrontado com um ofício, no qual o ex-secretário executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco afirma que a pasta soube dos problemas de oxigênio no Estado na noite do dia 7 de janeiro, em uma conversa com o secretário de Saúde do Estado. Pazuello vinha afirmando que só foi informado sobre o problema de oxigênio no dia 10 de janeiro.
O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello precisou ajustar seu discurso sobre a crise no Amazonas, após ser confrontado com um ofício, no qual o ex-secretário executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco afirma que a pasta soube dos problemas de oxigênio no Estado na noite do dia 7 de janeiro, em uma conversa com o secretário de Saúde do Estado. Pazuello vinha afirmando que só foi informado sobre o problema de oxigênio no dia 10 de janeiro.
O documento foi ressaltado durante a sessão pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM). Com isso, o ex-ministro da Saúde precisou dizer que apenas no dia 10 foi comunicado a ele "de forma clara" sobre a situação em Manaus.
O ex-ministro confirmou que o secretário de Saúde do Estado ligou para ele, em seu telefone pessoal, para pedir ajuda no transporte de cilindros de oxigênio de Belém para Manaus, que iriam para o interior do Amazonas. "No dia 10, foi a primeira vez que o secretário colocou de forma clara que havia problemas na logística e fornecimento de oxigênio para Manaus", disse Pazuello.
O ofício do Ministério da Saúde que traz a data do dia 7 de janeiro chegou à Câmara em março. "Quando esse ministério soube que faltaria oxigênio na rede de saúde do Estado do Amazonas, esclareço que, na noite de 7 de janeiro de 2021, este ministério tomou ciência de problemas relacionados ao abastecimento de oxigênio da rede de saúde do Amazonas. Tratou-se de uma conversa informal entre o secretário de Saúde do Estado do Amazonas e o ministro da Saúde, naquela noite, por telefone, apenas e tão somente para solicitar apoio no transporte de 350 cilindros de oxigênio de Belém para Manaus", escreve Franco em resposta a um requerimento de informação feito pelo deputado José Ricardo (PT-AM).
"Ainda pela noite, o ministro da Saúde coordenou, pessoalmente, o apoio com o ministro da Defesa e com o Comando Conjunto Amazônia para o transporte aéreo de 150 cilindros de oxigênio, totalizando 1.275m3 de Belém para Manaus, com entrega no dia 8 de janeiro, e de mais 200 cilindros para entrega no dia 10 de janeiro", diz o ex-secretário executivo exonerado da função no fim de março.
Após o ex-ministro Eduardo Pazuello passar mal, o depoimento do general à CPI da Covid será retomado nesta quinta-feira (20). O anúncio do adiamento foi feito pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), no Twitter. A sessão já estava suspensa em razão das votações no plenário do Senado, mas a previsão inicial era de que seria retomada ainda nesta quarta-feira (19).
"Suspendemos a sessão de hoje (quarta-feira,19) por conta do plenário do Senado. Ainda há 23 senadores inscritos. Voltaremos amanhã às 9h30min", informou Aziz no Twitter. O ex-ministro foi atendido pelo médico e senador Otto Alencar (PSD-BA). Segundo o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Pazuello teve um mal-estar, uma síndrome vasovagal, foi atendido de imediato por Alencar e se recuperou.
Em entrevista à CNN, Alencar afirmou que o ex-ministro "poderia continuar" a dar o depoimento. "Nós já fizemos o atendimento", disse o senador e médico.
E acrescentou: "Ele estava muito pálido, tonto. Ele teve uma síndrome vasovagal. O sangue deixa muito o cérebro, perde a consciência, fica tonto e estava muito pálido e a pressão caiu também. Deitamos ele no sofá, o sangue refluiu para o cérebro, ele ficou corado, se recuperou, estava respirando muito bem, podia perfeitamente continuar a oitiva. Foi suspenso (o depoimento), mas não foi por nenhuma sequela."
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