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Política

- Publicada em 09 de Abril de 2021 às 03:00

Comissão da Assembleia Legislativa atribui demora na vacinação ao governo federal

Presidente do Parlamento, Souza (c) recebeu relatório do colegiado

Presidente do Parlamento, Souza (c) recebeu relatório do colegiado


/Joel Vargas /Agência ALRS/JC
A comissão de representação externa da Assembleia Legislativa, criada para acompanhar o processo de imunização contra a Covid-19 no Rio Grande do Sul, concluiu que a demora na vacinação no Estado tem origem na lentidão do governo federal em distribuir as doses das vacinas. O relatório sobre as atividades do colegiado - entregue nesta quinta-feira (8) ao presidente da Assembleia Legislativa, Gabriel Souza (MDB) - desmente o boato de que o governo do Estado estaria em posse de grande parte das doses recebidas do Ministério da Saúde. "Não há retenção de vacinas pelo governo do Estado. Assim que chegam ao Rio Grande do Sul, são rapidamente despachadas para os municípios. O problema é a velocidade com que os imunizantes são enviados pelo governo federal", disse o coordenador da comissão, o deputado estadual Pepe Vargas (PT).
A comissão de representação externa da Assembleia Legislativa, criada para acompanhar o processo de imunização contra a Covid-19 no Rio Grande do Sul, concluiu que a demora na vacinação no Estado tem origem na lentidão do governo federal em distribuir as doses das vacinas. O relatório sobre as atividades do colegiado - entregue nesta quinta-feira (8) ao presidente da Assembleia Legislativa, Gabriel Souza (MDB) - desmente o boato de que o governo do Estado estaria em posse de grande parte das doses recebidas do Ministério da Saúde. "Não há retenção de vacinas pelo governo do Estado. Assim que chegam ao Rio Grande do Sul, são rapidamente despachadas para os municípios. O problema é a velocidade com que os imunizantes são enviados pelo governo federal", disse o coordenador da comissão, o deputado estadual Pepe Vargas (PT).
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem sido criticado pela demora na aquisição das vacinas. Em janeiro deste ano, a farmacêutica Pfizer revelou que, em agosto de 2020, ofereceu 70 milhões de vacinas ao governo brasileiro. Os imunizantes começariam a ser fornecidos em dezembro de 2020. Contudo, Bolsonaro não quis comprar, alegando que a fabricante não se responsabilizava por eventuais efeitos colaterais.
Sete meses depois da oferta da farmacêutica, em 15 março de 2021, o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou a compra de 100 milhões de doses da Pfizer. Episódios como esse tem motivado as críticas ao presidente.
Conforme o relatório da comissão da Assembleia, o ritmo de vacinação no Estado é de 14 mil pessoas por dia. Se o ritmo atual for mantido, o Rio Grande do Sul levará um ano e meio para vacinar 70% da população e atingir a chamada imunidade coletiva. "Para avançar, dependemos do governo federal e do andamento dos contratos com Butantan, Fiocruz e outras farmacêuticas", apontou.
O relatório contém 27 recomendações, que envolvem questões sanitárias; ações de suporte econômico para setores produtivos prejudicados pela pandemia; apoio a segmentos populacionais vulneráveis; e propostas de articulação para a compra direta dos imunizantes, a exemplo do que fez o Consórcio dos Governadores do Nordeste.
A comissão ouviu representantes do governo, infectologistas, epidemiologistas, representantes de indústrias farmacêuticas e dirigentes de associações de municípios do Rio Grande do Sul e de outros estados. Ao receber o relatório, Souza comemorou "a construção de um consenso" em relação à necessidade de vacinar a população para conter a pandemia. "Depois de muita insistência, chegamos ao consenso de é preciso vacinar", pontuou.
O presidente da Assembleia afirmou ainda que enviará o relatório da comissão ao governo federal e à Federação das Associações dos Municípios Gaúchos (Famurs). Nesta sexta-feira (9), às 17h, integrantes da comissão externa entregarão o documento ao governador Eduardo Leite (PSDB).
 
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