O diretor-geral da Agência Brasileira de Informação (Abin), Alexandre Ramagem, informou que um servidor foi afastado sob suspeita de falsear e vazar informações relativas a uma suposta atuação da agência a favor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Em nota na manhã desta quarta-feira (7), o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, a qual a Abin é subordinada, afirma que há "fortes indícios da participação de um servidor, que falseou a verdade e repassou informações à imprensa".
De acordo com o órgão, que tem status de ministério, as buscas e apreensões foram feitas na Abin, na estação de trabalho do servidor e na casa dele. "Auditoria, realizada na base de dados da agência, afasta, por completo, qualquer possibilidade de confecção dos relatórios divulgados", diz a nota.
Ramagem e o GSI disseram ainda que estão adotando medidas jurídicas contra os jornalistas que divulgaram reportagens sobre o assunto.
Em 11 de dezembro do ano passado, a revista Época publicou que a Abin produziu relatórios para ajudar a defender Flávio no suposto esquema de "rachadinhas" na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Em um dos documentos, segundo a revista, a Abin deixou claro o objetivo: "Defender FB no caso Alerj demonstrando a nulidade processual resultante de acessos imotivados aos dados fiscais de FB". FB é Flávio Bolsonaro, e Alerj, Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.